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VI – Mitologia Grega – A deusa Hera

VI – Mitologia Grega – A deusa Hera

Tempo de leitura 5 min.

Oi Gente

As vezes me pergunto por que gosto tanto desse assunto sobre a Mitologia

Grega. Um dos pontos com certeza é o fato de saber que mitologia e arte

estão muito relacionados.

A mitologia grega para se ter uma ideia nos foi transmitida através da arte

da Grécia antiga, pois essa tratava praticamente dos temas mitológicos,

principalmente através da literatura.

Como já disse por aqui, a obra de Homero, a Iliada e a Odisseia e a de

Hesíodo, a Teogonia, que foi escrita depois da obra de Homero, são as

literaturas que mais nos transmitiram esse conhecimento. São essas três

obras que nos possibilitaram o contato e o conhecimento sobre a mitologia

grega…

Algumas obras como ” as tragédias (obras teatrais)de Ésquilo, Sófocles e

Eurípedes, mereceram destaque, pois através delas conseguimos perceber

com maior facilidade o significado simbólico que os mitos têm para a

própria existência Humana. Por meio delas, talvez se evidencie mais o

significado que os mitos têm em termos psicológicos.”

E hoje,  é a vez de falar por aqui da deusa Hera, para os romanos a deusa

(Juno) ciumenta e poderosa, irmã e esposa de Zeus (o grande deus do

Olimpo). As imagens são todas obras de arte que até hoje são espalhadas

pelo mundo todo, onde Zeus e Hera são retratados de formas diferentes,

seja na pintura, em vitrais, em mosaicos, em telas, em

 Zeus e Hera

Só para lembrar você uma fato que a gente tem que saber para entender a

mitologia grega, é que eles não viam o nascimento do Universo como

muitos acreditam até hoje que foram criado pelos deuses. Não, pelo

contrário, os gregos acreditavam que existiam o céu e a terra e que era o

Universo que criavam os deuses, sendo os Titãs, (já falei deles em outro

post) considerados os deuses da primeira geração, ou os deuses antigos).

Pintura de Annibali Carracci, pintor barroco, em 1608

Hera era a esposa de Zeus, o grande deus grego, que ela era considerada e

venerada como a esposa ideal grega, a qual exigia a fidelidade do marido,

fator fundamental para um casamento. Mas Zeus não cumpria com essa

fidelidade esperada por Hera. Assim, o seu mito não revela Hera como uma

boa mãe, nem tão pouco como a esposa ideal. Ela não aceitava as traições

de Zeus e por isso era vingativa.

Muitas vezes Hera deixa o seu posto de deusa do Olimpo, abandonando o

marido como forma de puni-lo pelas traições. Zeus muitas vezes

arrependido cedia aos caprichos de Hera, pois entre todas as mulheres era a

Hera que ele se submetia.

Hera era a divindade do casamento. Era tida como a deusa protetora das

mulheres e dos nascimentos. Sua personalidade era forte, marcada de

orgulho, agressividade e muito ciumenta. Seu pássaro preferido era o

pavão. E nos locais por onde passava deixa as penas de pavão para marcar

os locais que protegia.

Zeus e Hera casaram-se num mês de Gamelião, segundo diz a tradição, e

esse era o mês invernal e matrimonial por antonomásia dos casamentos na

Grécia clássica, pelo menos em palavras de Hesíodo, que era mis preciso,

dado que apontava o dia quatro do mês como dia perfeito para o himeneu,

sem dúvida porque teria averiguado, com rigor, que tal seria a data do

casamento dos deuses, desse casamento com a deusa do casamento, e

esposa tão exigente para um deus tão libertino, mas animador das tertúlias

do Olimpo”.

Hera: Queen of Olympus, known as Juno to the Romans, rarely show her in a particularly positive light; goddess of marriage:

Existem várias lendas e contos sobre Hera e suas vinganças contra as

amantes de Zeus. Trouxe aqui uma delas para você narrada por Homero em

a Ilíada:

“Hera deixou em rápido vôo o cimo do Olimpo e, passando pela Pieria e a deleitosa Ebatia, salvou as altas e nevadas cimeiras das montanhas onde vivem os cavaleiros trácios, sem que os seus pés tocassem a terra; desceu pelo Atos ao mar e chegou a Lenos, cidade do divino Toante. Lá encontrou-se com o Sono, irmão da Morte; e agarrando-lhe pela destra, disse-lhe estas palavras: “Ó Sono, rei de todos os deuses e de todos os homens! Se noutra ocasião ouviste a minha voz, obedece-me também agora, e a minha gratidão será perene. Adormece os brilhantes olhos de Zeus debaixo das suas pálpebras, de maneira que, vencido pelo amor, se deite comigo. Dar-te-ei como prêmio um trono belo, incorruptível, de outro; e o meu filho Hefesto, o manco de ambos os pés, te fará um banco que te sirva para apoiar as nítidas plantas, quando assistas aos festins”. E o doce Sono lhe respondeu:

Hera e Zeus

Adormece os brilhantes olhos de Zeus debaixo das suas pálpebras, de

maneira que, vencido pelo amor, se deite comigo. Dar-te-ei como prêmio

um trono belo, incorruptível de ouro;  e o meu filho Hefesto, o manco de

ambos os pés, te fará um banco que te sirva para apoiar as nítidas plantas

, quando assistas aos festins.

Respondeu-lhe o doce Sono: “Hera, venerável deusa, filha do grande Chronos! Facilmente adormeceria qualquer outro dos sempiternos deuses e ainda as correntes do rio Oceano, que é o pai de todos eles, mas não me aproximarei nem adormecerei Zeus (Júpiter) se ele não me mandar”.

Embora a negativa do Sono parecesse categórica, no entanto, Hera

convence-o usando a sua perspicácia. Dava-se o caso, e era um segredo que

todos sabiam, que o Sono pretendia com insistência a bela Pasífea (a mais

jovem das três graças (Cárites) e, pela sua posse, o Sono faria qualquer coisa.

Hera prometeu-lhe que os seus desejos seriam satisfeitos. O Sono obrigou-a

a jurá-lo: “Jura pela água sagrada da Laguna Estígia, tocando com uma mão a fértil terra e com a outra o brilhante mar, para que sejam testemunhas os deuses sub-tartáreos que estão com Chronos (Saturno), que me darás a mais jovens das Graças (Cárites), Pasítea, cuja posse constantemente anseio?”.

  

 Graças (Cárites)
 
 Héra cumpriu os requisitos exigidos pelo Sono e jurou pondo por
testemunhas todos os deuses que este a tinha obrigado a nomear. No futuro,
a deusa comprometia-se a interceder perante a belíssima Cárite, a favor de
Sono.
Mas, antes de que o poderoso Zeus fosse vencido pelo Sono, era necessário,
além disso, que as delícias do amor de Hera contribuíssem para
incrementar o estado de estupor daquele. Para isso, a sagaz deusa pediu a
Vênus “o amor e o desejo com os quais rendes todos os imortais e os mortais
homens”.
A deusa do amor, a “risonha Vênus” acedeu à prece de Hera, a de “os
grandes olhos” e, imediatamente depois, “desatou do peito o cinto bordado,
que encerrava todos os encantos: encontrando-se lá o amor, o desejo, as
amorosas conversas e a linguagem sedutora que faz perder o juízo aos mais
prudentes. Pô-lo em mãos de Hera e pronunciou estas palavras: Toma e
esconde em teu seio bordado a cinta onde tudo se encontra. Eu garanto-te
que não voltarás sem ter conseguido o que te proponhas”.
Sono e Amor unidos podem e conquistam tudo, e até o rei do Olimpo, o
grande Zeus, cai na maléfica tela tecida com tais ingredientes pela sua
esposa Hera.
Enquanto aquele dormia placidamente, “vencido pelo Sono e pelo Amor e
abraçado à sua esposa”, um fiel emissário desta corria veloz para as naves
dos aqueus para avisar Netuno, o deus das águas, que tomasse parte na
batalha travada entre os homens. Este mensageiro não era outro que o doce
“Sono” tentando cumprir a sua promessa feita a Hera:
“O doce Sono correu para as naves aqueias para levar a notícia a Netuno, que cinge a terra; e parando perto dele, pronunciou estas palavras: Oh, Netuno! Socorre depressa os dânaes e dalhes glória, embora seja breve, enquanto dorme Zeus, a quem sumi em doce letargo, depois de que Hera, enganando-o, conseguisse que se deitasse para gozar do amor”.
Aproveite para ver outros posts por aqui sobre a mitologia grega:
Era isso por hoje gente.
Um pouco sobre a deus Hera, esposa de Zeus.
Pretendo nos próximos posts ir falando dos seus filhos, os que Zeus teve com Hera. ok?
Obrigada pela visita. Você é sempre bem vindo(a) por aqui.
Um abraço.

Referencias:

http://contoselendas.blogspot.com.br/2004/10/hera.html

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/mitologia-grega-os-mitos-gregos-e-sua-influencia-na-cultura-ocidental.htm

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