Mitologia Grega – A curiosa Pandora

Mitologia Grega – A curiosa Pandora

Tempo de leitura 4 min.

Oi Gente

O post de hoje é sobre a Pandora, na Mitologia Grega. Como acontece até hoje com nós seres humanos,  os antigos gregos também faziam determinados questionamentos sobre a vida: de onde viemos? para onde vamos? como esse mundo surgiu? como tudo começou? o que temos após a morte?… Eles eram politeístas (crenças em vários deuses) e é desse tempo que vieram sendo transmitidos oralmente, de geração a geração, os famosos mitos como forma de dar respostas a esses tipos de questões.

Esses mitos foram sendo transmitidos e, ainda hoje, colaboram com a gente no sentindo de elaborar determinadas questões, sem respostas concretas. Questões essas, que as ciências, nas mais diversas áreas,  ainda não conseguiram através de  seus métodos científicos dar as respostas para matar a curiosidade de nós humanos.

Assim, hoje trago aqui o mito dessa mulher que, na mitologia grega, foi considerada a primeira na face da terra. Esse mito está presente em nossas vidas cotidianas. Convido a você para saber um pouco sobre ele…

 

Se você já leu o post sobre Prometeu aqui no blog,  ficará um pouco mais fácil seguir esse mito.  Vamos lá então.

Sobre esse mito há duas versões:

Primeira Versão

Nessa primeira versão, Pandora foi enviada a Prometeu e a seu irmão Epimeteu, como forma de puní-los por terem roubado o fogo do céu. (Olha só como a mulher chega ao convívio do homem, como forma de castigo) kkk.

Ela tinha sido feita no céu, com a contribuição dos deuses, onde cada um lhe deu alguma coisa para aperfeiçoá-la. Por exemplo: Apolo lhe deu a música, Vênus a beleza irresistível, Mercúrio a persuasão e assim por diante.

Prometeu já tinha avisado seu irmão Epimeteu para não aceitar presente de Zeus (Jupiter), o grande e mais poderoso deus dos gregos antigos, pois tinha medo da vingança de Zeus, pelo fato dele ter roubado o fogo dos céus.

Epimeteu, mesmo escutando o conselho de seu irmão Prometeu, quando se deparou com o presente de Zeus,  não resistiu a tanta beleza de Pandora.  Fala a verdade gente e isso as vezes não acontece até hoje? Quantos homens não resistem a beleza de uma mulher? (kkk)

Assim, Pandora entra na casa de Epimeteu. Ali havia uma caixa, onde ele guardava artigos malignos que não fora utilizado ao preparar o homem para o mundo, mas, sempre tem um mas, a curiosidade de Pandora, (olha aí como até hoje a grande maioria das mulheres, a qual eu me incluo, é curiosa) a levou a olhar e querer saber o que havia dentro da caixa.

A Caixa de Pandora:

Acontece que ao destampá-la, Pandora fez com que uma multidão de pragas fosse alastrada para o pobre homem, como “a gota, o reumatismo, a cólica, a vingança, a inveja”, etc. Ao perceber o que tinha feito, Pandora tenta  rapidamente fechar a caixa. Mas, sempre tem um mas, infelizmente o conteúdo da mesma, com exceção de uma única coisa que ficava bem no fundo da caixa, já havia saído do controle de Pandora. A única coisa que restou no fundo da caixa e que até hoje ajuda toda a humanidade foi a esperança. 

Assim, “sejam quais forem os males que nos ameacem, a esperança não nos deixa inteiramente, e, enquanto a tivermos, nenhum mal nos torna inteiramente desgraçados”.

Pandora ~ Greek Mythology:

Segunda Versão do Mito

Nessa versão o envio de Pandora a Prometeu era com boas intenções e não como castigo. Como forma de agradar ao homem, Zeus (Jupiter) entregou a Pandora um presente de casamento que era uma caixa onde cada um dos deuses havia colocado um bem. 

Aqui, também sem permissão, a curiosa Pandora abriu a caixa e assim todos os bens dali escaparam, restando ao fundo da caixa apenas a Esperança. 

O mundo em seus primeiros tempos, era chamado pelos gregos de Idade do Ouro, pois era constituído de inocência e venturia (felicidade, boa sorte, prosperidade), onde reinavam a verdade e a justiça (…), as florestas não tinham sido atacadas, não se conheciam armas e a terra, essa amiga terra, fornecia ao homem, sem que ele precisasse plantar para colher, tudo o que era necessário para sobreviver “uma primavera perpétua, as flores cresciam sem sementes, as torrentes dos rios eram de leite e de vinho, o mel dourado escorria dos carvalhos”.

Pois é gente e assim foram as versões sobre o mito da Pandora. Só que agora, vamos acordar e voltar a nossa realidade, pois sabemos bem e como sabemos que não estamos na Idade do Ouro, como tem muita gente aí ainda que acredita nisso. Estamos sim no ano de 2016, já ultrapassados a Idade de Prata, de Bronze, de Ferro.

Viva então a Pandora, essa curiosa danada, que colocou todos esses movimentos em nossas vidas, mas sem esquecer que trouxe  também a esperança, essa  que é um dos maiores bem para a humanidade.

Pandora (detail) by John William Waterhouse:

Era isso por hoje gente. Desculpa aí as brincadeiras no meio do post, estou ficando cada vez mais a vontade por aqui para escrever. Afinal, podemos sim brincar um pouco com a vida, pois se levar tudo muito a sério até a nossa querida amiga esperança pode fugir da gente. E aí não é nada bom. 

Esse post eu dedico a leitora aqui do blog Francisca, com carinho, pois achei muito interessante seu comentário: estou curiosa para saber sobre a Pandora. Ta aí você é mulher e como todas nós não fugimos a regra da Pandora, somos sim curiosas. Um beijo Francisca.

Obrigada pela visita. Você é sempre bem vindo(a) por aqui.

Um abraço.

 

Referência:

Thomas Bulfinch – O Livro de Ouro da Mitologia, História de Deuses e Heróis. Ed. Agir, 2014.

Respostas de 6

    1. Olá Flor

      Seja bem vinda por aqui. Sinceramente, talvez eu não seja a melhor pessoa para te responder, mas sobre um clássico achei interessante esse artigo nesse
      site:, onde finaliza assim:

      “Em síntese, a obra clássica possui uma força poderosa que impele cada leitor a se reinventar, irradiando o meio em que vive. É este seu combustível que a torna força poderosa de formação humana. Ao terminar a leitura de uma obra clássica, depois do sentimento misto de sofrimento e prazer que o acomete ao seguir com paciência suas páginas, o leitor sente-se transformado. E transforma-se também porque aprende com os erros e limitações que a própria obra possui.”
      Pensando dessa forma, entendo que os mitos são clássicos, pois faz nos pensar e até mesmo trazê-los para situações atuais, porém se pensar que mito é uma forma de fala simbólica que determinadas comunidades se utilizavam e ainda utilizam para achar respostas ou sentido, já não saberia te dizer se pode ser considerada como uma obra. Vale a pena confirmar com seu professor.

      Um abraço.

    1. Olá Claudio

      Seja bem vindo por aqui. Também gosto muito desse assunto, por isso trago, de vez em quando alguns posts que pesquiso. É muito interessante o quanto a mitologia grega ainda contribui para o que vivemos na atualidade.
      Um abraço

Fique a vontade para expor sua opinião, afinal aqui discutimos ideias e não pessoas.

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