logo-Blog MAri Calegari
Reflexões sobre a psicanálise do século XXI

Reflexões sobre a psicanálise do século XXI

Tempo de leitura 13 min.

Oi Gente

O post tem como objetivo trazer aqui para você um pouco sobre a psicanálise lacaniana e um pequeno resumo de um vídeo em que Jorge Forbes, psiquiatra e psicanalista,  fala sobre as duas clinicas de Lacan e a psicanálise no século XXI…

Para quem não conhece Jacques Lacan

Jacques Lacan foi psiquiatra e psicanalista que atualizou as obras de Freud, elaborando e criando também novos conceitos que atendiam mas as questões de seu momento histórico. Se quiser saber mais sobre Lacan, já fiz alguns posts por aqui.

Lacan, você sabe quem foi?

Lacan e o ensino da psicanálise

Lacan e o Caso Aimée

Um encontro com Lacan

Signo, Significante e Significado em Lacan

Um encontro com Lacan

A nossa sociedade mudou, os laços sociais modificaram e aquele modo vertical nos laços sociais já não é o mesmo.Hoje em dia você não se localiza mais pela orientação paterna, mas pelo coletivo.

Geralmente, quem procura um analista, nem sempre é para saber sobre o seu passado, mas querer saber sobre o seu futuro, principalmente em saber fazer suas escolhas, até porque as opções são muitas e fazer as escolhas os colocam em uma situação de indecisão, ansiedade e dúvidas. E, quantos nesse momento, pelo medo das escolhas se tornam paralisados e até mesmo alienados em seu processo de maturidade, preferindo permanecer em sua “zona de conforto”, permanecendo o maior tempo na adolescência. Já falei um pouco sobre isso por aqui também: Até quando vai a adolescência na pós-modernidade? Até quando vai a adolescência na pós-modernidade?

Fazer uma análise, onde te possibilitará uma boa escuta do seu inconsciente,  poderá possibilitar a você se responsabilizar por suas escolhas, uma vez que sendo você único nessa vida, só caberá a você mesmo decidir o que se quer para sua trajetória de vida, para evitar que atenda a demandas de outros e/ou de ditos da sociedade.

Sou suspeita em falar, mas como faço análise, posso dizer que é o melhor investimento que fiz e faço em minha vida. E, mesmo você que já passou dos 50, pode ter certeza que o investimento vale a pena. Lembrando que uma análise é diferente de terapia. Há algumas diferenças entre os profissionais que trata da saúde mental. Já falei sobre isso por aqui também.

Psiquiatra x Psicólogo x Psicanalista

Dando continuidade então para saber um pouco mais sobre Lacan, pois é o meu escolhido na minha profissão, por entender que a análise lacaniana é a que tem mais condições de possibilitar um tratamento para as questões da atualidade.

Sou formada em Psicologia, fazendo o meu percurso para analista lacaniana, e acreditem gente é muito estudo, análise pessoal, atendimentos e supervisões, até porque as mudanças atuais e aceleradas nos convoca para atualizações constantes para desenvolver uma boa clinica.

Para a formação do psicanalista há um grande percurso a ser percorrido. O primeiro importante ponto é que o futuro analista faça sua análise, e fazer uma supervisão com analistas mais experientes é para que você possa ir criando seu próprio estilo e cada vez mais você ir ocupando o lugar do analista, e, sem dúvida nenhuma na formação do psicanalista é fundamental os estudos teóricos contínuos e Lacan nos convoca a cada texto seu a buscar mais e mais conhecimentos. 

Faz parte também a transmissão da psicanálise para o espaço público. Lembrando que essa formação é contínua e um trajeto acima de tudo ético. 

As duas clínicas de Lacan

A primeira Clinica de Lacan

A primeira clinica de Lacan estava mais voltada para a época do século passado, um pouco mais longa. 1953 a 1970.

No seminário 1, no primeiro e segundo capitulo, ele critica o modelo de analise que então estavam se fazendo na época, onde ele dizia:  Mostre o analisando que direi quem será o analista. Lacan criticou os analistas, pós-freudianos,  da sua época, por entender que  estavam fugindo da regra fundamental de Freud.

Nesse seminário 1 ele discute em vários encontros com seus alunos, alguns médicos e psiquiatras da época sobre as teorias de Freud, estudando e questionando as mudanças que haviam sendo feitas  pelos analistas nos ensinamentos de Freud, distanciando, em alguns casos, de suas teorias.

Na sociedade do tempo de Freud o Édipo dava conta e hoje a sociedade é outra. A sociedade era vertical e era possível se realizar pela ordem do pai. Para se ter uma ideia, naquele momento não havia a globalização…

Ao preencher uma visão de mundo naquilo que faz sentido para você, os analisandos se identificavam com os seus analistas e ficavam sempre igualzinho ao mesmo. Lacan não concordava com isso. Ele dizia que se tinham perdido a essência da descoberta freudiana, se afastando da regra fundamental da psicanálise.

O que era a regra fundamental?

A regra fundamental – O analisando deve falar o que vem na sua cabeça, não existe certo ou errado, era a regra da associação livre. Freud deixou essa regra e ele retirou isso da literatura.

Em 1882, o médico e fisiologista autríaco Josef Breuer conta para Freud um caso que ele tinha atendido onde, durante o atendimento, a sua paciente tinha dito para ele para que não interrompesse o que que ela estava falando, porque ela queria “limpar o chaminé”, ela precisava falar para melhorar o seu tratamento.

Breuer achou isso estranho e comentou o fato com Freud. Breuer, um médico ainda jovem,  ficou quieto e escutou a Anna O., dando valor a fala de sua paciente. Ela tinha algumas alucinações, falava inclusive em línguas diferentes. Ela queria falar do que se passava com ela.

Assim, Anna O. fez com que pensasse que o saber não está nem com o médico, nem com o analista. Ela queria fazer a sua cura pela fala dela que se associava – o saber estava em uma instancia que se dava nesse encontro. Se colocar em analise é colocar esse outro lugar, onde aquilo que é dito é algo que ultrapassa o que aqueles dois estão falando a respeito. Se quiser saber mais sobre Freud, esse filme vale a pena.

Filme: Freud além da Alma

Quantas vezes a pessoa vai até uma consulta médica e quer falar e ser ouvida e, nem sempre, o médico a sua frente dá esse momento de escuta, o que muitas vezes o corta no meio de sua colocação e inicia sua consulta rápida, deixando ao paciente aquela sensação de que não pode passar ao médico aquilo que queria dizer. 

A Segunda Clinica de Lacan

A segunda clinica de Lacan inicia-se de 1970 a 1981. Lacan morreu em 1981. 

Segundo Jorge Forbes, que foi aluno de Lacan, nessa segunda clinica de Lacan que foi escrita mais as pressas, essa ficou  inacabada e caberia aos seus alunos a darem a continuidade. Lacan já com seus conceitos, vem atender mais as questões da contemporaneidade.

Lacan: O inconsciente estruturado como uma linguagem

1957 – Lacan com 56 anos, vai dar uma conferencia ao pessoal de letras na Souborne e ele fala sobre. “A instância da letra no inconsciente”.  Lacan diz que: desde a origem os alunos de Freud não reconheceram os significantes.

Freud dizia: Nós não dominamos nosso inconsciente. Ele fala por nós.

Analista interpreta o relato do sonho. Jamais se interpreta um sonho. Se o próprio analisante não consegue relatar seu sonho, jamais o analista vai sonhar por ele.

Em uma análise é algo diferente do que acontece nas consultas médicas. Quando se vai muito tempo a um mesmo médico é feito ali uma história do paciente, como se fosse uma continuidade ao tratamento com um histórico de continuidade que se possa comparar com outros casos iguais ou semelhantes.

Em uma análise, cada sessão é única e se trabalha com o que o analisante traz em sua fala naquele momento.

Colocar alguém em uma análise é possibilitar ultrapassar o eu e o tu, “passar para outra cena, outro lugar, onde aquilo que é dito ganha um sentido novo que ultrapassa aqueles dois que estão conversando, que é o que tenta se fazer em uma análise e porque tenta se ultrapassar o eu e o tu é que se convida uma pessoa a se deitar no divã, porque é um instrumento técnico facilitador, não obrigatório (…) mas é fácil de entender essa perspectiva de fazer esse outro falar, para o qual eu me determino”.

O saber não está nem com o médico, nem com o analista e o paciente, mas a partir de um método da associação livre, onde o saber do inconsciente se apresentará. 

Lacan após a sua primeira clinica, começa a perceber que ela já não atendia o que estava acontecendo nas grandes transformações da sociedade, diferente da época de Freud.

Em 1975 – em uma das suas conferências – Um americano lhe pergunta: Quando termina uma análise? Lacan responde: “uma análise não dever ser forçada até muito longe. Quando um analisando pensa que está feliz da vida, é o bastante”.

“Existe o feliz acaso, (…) o bom encontro, aliás só existe isso a Felicidade do acaso. Os seres falantes (1973) parletre (traduzido em português – fala-ser) . Será que o parletre é feliz por natureza? Lacan pergunta: “Será que através do discurso analítico não poderia tornar-se um pouco mais feliz?”

Que felicidade é essa? “É uma felicidade do acaso, por que na realidade ela não tem nome.”

“Como é chata a felicidade por um prêmio ou um bom trabalho bem feito” As pessoas estranham isso, dizendo que a psicanálise está trazendo confusão. A psicanálise é uma visão do mundo, ela põe em questão as visões do mundo.

Em Outros escritos de Lacan, aponta que a solução da satisfação não está onde ele pensou antes. Existe uma outra clinica de que alguma coisa passa fora da palavra e, a partir de 1975, Freud não explica, ele implica.

A pessoa que esta em associação livre, não há mais nada lógico garantido que a pessoa possa nomear.

“Felicidade não é bem que se mereça. Segundo Lacan:  Felicidade vem por acaso.”  

Jorge Forbes propõe uma vida qualificada e não qualidade de vida.

Forbes dá um exemplo da segunda clinica: 

Um paciente chega na análise e diz que refletiu muito no final de semana e descobre que é um mau marido, um péssimo pai e um amante meia-boca. 

Por que o senhor se pensa tão mau? O que está acontecendo na sua vida para que pense isso? (uma forma freudiana de questionar).

Lacan faz diferente: “Meu caro o fato do senhor me dizer que se deu conta que é mau pai, péssimo marido e amante mais ou menos, não diminui nada o fato de você dizer que é mau marido, péssimo pai e amante mais ou menos”. Além daquela cena existe um obsceno.

O desabonamento do insconsciente é o que o Lacan chega na sua clinica. Não existe mais a irresponsabilidade de jogar tudo para o seu inconsciente. Aqui não é o sintoma que ele trouxe no inicio da análise, esse é o seu sintoma, um sintoma indecifrável. O sujeito vai ter que lidar com isso, de que maneira ele vai lidar com isso? Invenção e responsabilidade. A pessoa vai descobrir que esse é o seu sintoma. Aqui é o final da análise.

Não se sabe bem o que é, mas é preciso lidar com isso, de uma maneira que possa inventar algo sobre isso e se responsabilizar.

A análise não dá resposta pronta para ninguém. Ela possibilitará que cada pessoa se depare com essa coisa dura que não terá como decifrar, é ela que terá que nomear e se responsabilizar.

Não tem mais a certeza que o inconsciente vai te salvar. Não existe mais essa descarga de responsabilidade sobre o inconsciente. A pessoa se dá conta com algo duro, é um sintoma indecifrável, que não será transformado em mais nada. A não ser o fato da pessoa se dar conta que a sua existência é um sintoma indecifrável. É o fato da pessoa ter que lidar com isso que lhe atormenta, ou seja, inventar algo sobre isso, e se responsabilizar.  É um movimento que os artistas fazem – cria, se responsabiliza  e coloca o seu trabalho em exposição e tenta convenser os outros.

Cada pessoa se depara com algo duro, frente ao qual o que não há como decifrar e frente ao qual ele terá que lidar e se responsabilizar.

Por que Lacan faz uma mudança tão radical na segunda clinica? Jorge Forbes diz: que essa mudança é devido a mudança dos laços sociais.

Hoje as pessoas estão juntas sem se compreenderem e nem por isso menos juntas.

Os pais achando que os filhos são indecisos, eles conseguem estar juntos sem se compreender. As pessoas estão juntas por amor, sem se compreenderem.

Os pais e filhos tem que se compreenderem. Quem disse? Eles podem se amar sem contudo se compreenderem. Hoje eles, essa nova geração, conseguem colocar milhão de pessoas juntas e conviverem. Eles não são como nós fomos. E aquilo que nós fomos não responde a essa sociedade de hoje. Que bom que eles são diferentes de nós. Eles conseguiram fazer novos vínculos diferentes dos nossos, que era verticalizados.

Os jovens de hoje conseguiram se adaptar a essa nova forma de laços que estão na sociedade atualmente. Não adianta querer que o mundo volte aos nossos tempos, e agradeça se seu filho jovem pensa diferente de você.

É hora da gente baixar a Crista, pois o que fomos não responde mais por isso que está ai.

Pais e filhos se amam sem se compreenderem. Eles descobriram que podem colocar 3 milhões de pessoas juntas sem se compreender. Nós o máximo que conseguíamos era colocar 180 mil pessoas para ver um show.

Eles não são como nós fomos. Ainda bem, pois como nós fomos, não responde mais a sociedade de hoje. Eles conseguiram fazer novos vínculos além da verticalidade. Eles transformaram articular monólogos. Eles conseguiram apontar pontos éticos diferentes dos nossos.

Algumas diferenças entre os que tem mais de 40 anos e os jovens de hoje, segundo Forbes

Viemos de um mundo verticalizado – O pai era o chefe da casa, o chefe na empresa, o chefe da Igreja etc.

Ou estávamos do lado deles ou contra a ordem do pai, lutando para outra ordem. “O povo unido jamais será vencido”.

Hoje é totalmente diferente, não se localiza mais para uma orientação paterna.

Hoje você vai ter que exercer a flexibilidade para poder estar junto as pessoas. Não precisam mais se compreenderem.

Jorge Forbes, apresenta um quadro das diferenças de nosso tempo para os atuais que é muito interessante:

Mundo Moderno  x  Mundo globalizado

Ordem vertical       –   Ordem horizontal

Orientação paterna – Calculo Coletivo

Verdade                   – certeza

Da impotência a Potência – Da Impotência ao impossível

Diálogo                   – Monólogos articulados

Raciocinar              – Ressoar

Estático                 – Interativo

Hierarquias           – Radicais diferenças

Treinamento         – Experiências

Avaliação             – Responsabilização

Adversidade        – Oportunidade

Razão asseptica – Razão sensível

Futuro- projeção do presente – Futuro – Invenção do presente

Lembrando que do lado esquerdo é para aqueles acima dos 40 anos – Onde tinhamos uma verticalidade. 

Se antes eu sabia do meu caminho e/ou perguntava ao meu pai o que fazer ou estava contra o que ele dizia. Eu escolhia da seguinte forma: Ou eu estava a favor a ordem do pai ou estava contra a ordem do pai. “O povo unido, jamais será vencido”.

Era uma orientação paterna. Esse tipo de passeatas não resolvem mais para a atualidade. Hoje não se orienta mais pela paternidade, mas pela horizontalidade, pelo coletivo.

Sobre esse fato, que Jorge Forbes comenta, pensei nas ultimas passeatas aqui no Brasil. Se lembrarmos bem, a maioria que estava nas ruas eram muitos acima dos 40 anos. 

Hoje você terá que ser várias coisas para poder estar em diferentes lugares. Estávamos em um mundo da verdade. Hoje não é verdade a sua certeza, hoje não é assim mais. O ponto da vida qualificada é o que deve ser.  

Hoje as pessoas fazem ressoar, faço uma coisa que ressoam em outras. O mundo não é mais da hierarquia, treinada, mas hoje é o mundo das experiências.

Hoje em dia tem diversidades de versões, mas hoje é globalizado. Ter adversários é perda de tempo.

O futuro era uma projeção, mas hoje é uma invenção. 

O laço social não é mais o mesmo.

Outro quadro novo para a discussão.

O tratamento no mundo anterior e o tratamento hoje no século XXI

Lacan tirou a psicanálise do simbólico e colocou no real. A primeira clinica baseada no simbólico, uma clinica do sentido. 

A segunda clinica, busca a consequência daquilo que é dito. Você opera diretamente sobre a forma de se satisfazer de uma pessoa. Você busca hoje consequências.

Consequências de cada pessoa, sobre a percepção de si próprio.

Jorge Forbes cita o Caso do paciente que vem reclamando sobre sua impossibilidade de se locomover e pergunta ao analista se ele sabe como é isso, lidar com as suas dificuldades.

O analista responde: não tenho a menor ideia de como é isso.

O paciente responde: De fato o senhor não pode ter ideia. 

Analista: Não eu não sei isso. o senhor poderá me contar como é isso?

Isso fez uma marca diferente da de todos com a compaixão.

Hoje a clinica é uma clínica pós-edípca.

Hoje a clinica é do delírio. É uma clinica linear.  Hoje não tem mais padrão. O padrão é uma defesa contra o risco. Mas hoje estamos totalmente nos riscos.

Hoje a felicidade é por acaso.

Hoje você busca a identificação do sintoma duro e ver o que fazer com isso.

A psicanálise revelava o passado. Hoje em diante ela inventa o futuro.

Hoje em dia as pessoas chegam ao analista para perguntar sobre o futuro sem saber para onde vão. As pessoas estão angustiadas, pelo número de opções de escolha que se tem. Para onde eu vou. As pessoas não tem um ponto de referencia. 

A análise te permite isso, você poder inventar a sua resposta para enfrentar os desafios desse século XXI.

A clinica psicanalista é onde se fabrica a nova psicanálise, a segunda clinica de Lacan, tem como dar respostas as novas formas de laços sociais.

Em 1970 – Era dito que Pais e filhos teriam que se entender. Hoje -Família é um amor sem conversa.  Até sem conversar vai continuar se gostando.

Educação – Legitimar a educação, não se traduz informação em conhecimento, sem responsabilidades. As escolas estão perdidas e desesperadas.

Amor – Antes o Amor justificado, ficaria com você porque prometi, ficarei com você para o que der e vier. Tudo isso já era mentira, mas encontrava uma certa acomodação.  Hoje o amor será diferente, estou com você e nem sempre tenho a menor ideia do porquê. Mas quando descobrir, posso continuar ou deixar você.

Comercio – Antigamente vendia objetos. Hoje em dia um comercio que não vender cultura, vai ser difícil continuar. Qualquer empresa deve se posicionar como uma editora de cultura.

Ex. Apple – O iphone quando foi apresentado, ele diz: isso não é um telefone, não é uma maquina de calcular, não é um computador, ele é uma interface para conectar pessoas. Ele descobriu um posicionamento da empresa dele, porque ele sacou que uma industria tem que ser uma formadora de cultura.

As empresas – A gestão não é mais vertical. Muda tudo, hoje a gestão é horizontal não tem nada a ver como o de antigamente. O líder de ontem tinha características de sobriedade, de distancia, de autoridade. Hoje o líder tem que lidar com as crises de identidade, da aproximação e não distanciamento.

Na Política – Hoje Brasília não é mais nosso pai. Se o Brasil dependesse somente deles, estaria bem pior do que está hoje. A Política de hoje passa por um momento de reinvenção. Não é a toa que os filhos de hoje não querem estar na política, não responde o que é preciso para esse novo momento.

Sobre a famosa qualidade de vida

Inúmeros livros tentam retratar ou até mesmo querer ensinar sobre a qualidade de vida, como se fosse fácil seguir algumas regrinhas e ser feliz. Resolveram coletivizar a qualidade de vida, quando na realidade não é bem assim que acontece.

Tentam a todo custo ensinar aquilo que não pode ser qualificável no coletivo, nem tudo que é bom para um poderá ser bom para outro. Tem que ter muito cuidado com os livros de auto-ajuda que só ajuda os autores. É algo moralista, é tentar dar respostas as pessoas em momentos de sofrimento.

Jorge Forbes muda esse conceito, para uma vida qualificável que é diferente da qualidade de vida. Ou seja, vida qualificável caberá a você descobrir o que realmente para você fará a diferença. Em busca de respostas prontas, você tenta entrar nessa. Mas a vida qualificável é um convite feito a cada um para que possa responder onde você é feliz e como quer continuar vivendo. 

Enfim gente, procurei trazer aqui para você um resumo dos videos sobre o assunto, pois os vídeos são um pouco longos e as vezes não terão tempo de escutar. Mas se quiserem assistir é só entrar abaixo e seguir os próximos.

Assisti, gostei, coloquei algumas opiniões minhas no meio do resumo e resolvi dividir aqui com você, como forma de pensarmos um pouco sobre as nossas questões contemporâneas e a necessidade de estarmos sempre abertos para o novo. Pois, embora a forma que presenciamos e vivemos no passado era um pouco mais organizada, já não é assim hoje e viver do passado não te deixará saborear o presente.

 

Era isso por hoje.

Obrigada pela sua visita. Você é sempre bem vindo(a) por aqui.

Um abraço.

 

`

 

 

 

 

 

 

3 respostas

  1. Muito obrigada por compartilhar desse conhecimento. Texto esclarecedor, mesmo que para as amadoras ( porém apaixonadas) pela psicanálise, assim como eu!
    Parabéns?

    1. Olá Lilian
      Seja bem vinda por aqui. Amo a psicanálise. Acredito que ela é a grande possibilidade para lidarmos com as questões de ordem psiquica. Obrigada.
      Um abraço

  2. É, responsabilidade sobre si mesmo. É preciso acordar, e não se acomodar num transtorno. Quem perde o ” viver a vida” é quem se vitimiza, não se responsabiliza.

Fique a vontade para expor sua opinião, afinal aqui discutimos ideias e não pessoas.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

compartilhar faz bem!

Pinterest
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp
Email