Oi Gente
O objetivo do post de hoje, próximo a mais um dia das crianças, é pensar um pouco sobre o Dia das crianças e um reflexão sobre a realidade brasileira
É comum nos dias das crianças a gente pensar nos presentes, principalmente nas crianças mais próximas da gente, não é mesmo?
Mas criança é criança e a infância, uma fase tão importante na vida do ser humano, nem sempre é feita de boas experiencias, o que poderá refletir lá na frente sobre a sua idade adulta.
Esse post é apenas para que possamos refletir um pouco sobre a realidade de nossas crianças brasileiras.
O que é considerado uma criança?
Primeiramente, vamos conhecer de onde surgiu a palavra criança. Vamos dividi-lá em cria + ança.
Cria vem do verbo criar: “chegou-se a ele e nasceu uma bela «criança». Este «criar» veio — surpresa! — do latim, mais propriamente da forma verbal «creāre». O verbo latino já tinha vindo da antiga forma proto-indo-europeia «*ḱer-», que significava «crescer» ou «fazer crescer» e que também está na origem do verbo português «crescer». O verbo «criar» também deu origem a «criatura», «criação», «cria», «criadouro»…”
Ança = que é um sufixo” veio do sufixo latino «-antia», que deu origem a sufixos semelhantes em muitas línguas: o castelhano «-anza», o catalão «ança», o francês «ance», o italiano «anza»…”
Essas informações eu pesquisei aqui e caso queira saber mais detalhes sobre a origem da palavra é interessante acessá-lo.
Aqui no nosso país, Brasil, a idade definida para uma criança vai do zero aos 12 anos.
Para se ter uma ideia, no último censo de 2018, realizado pelo IBGE, as crianças brasileiras representam 17,1% de nossa população, o que equivale a dizer são 35,5 milhões de nossa população.
A forma como conhecemos e definimos as crianças na atualidade, nem sempre foi a mesma. Fiz um vídeo no canal do Youtube falando um pouco sobre isso, no ano passado. Fique a vontade para dar uma olhadinha:
Temos mais meninos ou meninas no Brasil?
É comum escutar entre os adultos que no Brasil se tem mais mulheres do que homens, até mesmo já ouvimos dizer que por aqui há “10 mulheres para cada homem”. Isso na realidade são ditos populares né gente.
Mas tem aí sim um pouco de verdade, pois na fase adulta observamos mais mulheres entre a nossa população do que homens.
Mas quando se pensa nas crianças, a realidade é diferente, pois nascem mais meninos no Brasil do que meninas. Segundo os dados do IBGE temos 50,9% de crianças do sexo masculino e 49,1% do sexo feminino.
Assim, temos mais meninos do que meninas, nesse periodo de zero a 12 anos.
Isso se inverte, devido a maior mortalidade dos meninos jovens, que não chegam a idade adulta. É triste, mas é a realidade do nosso país, fazendo com que o número de mulheres seja maior que os homens na idade aproximada de 25 anos.
Outro dado sobre nossas crianças é que 83,5% vivem nos centros urbanos e 16,5% nas áreas rurais.
Outro dado do IBGE é que as nossas crianças são 49,8% pardas, 6,9% negras e 42,4% brancas.
Se pensarmos o que significa pardas “O manual do IBGE define o significado atribuído ao termo como pessoas com uma mistura de cores de pele, seja essa miscigenação mulata (descendentes de brancos e negros), cabocla (descendentes de brancos e ameríndios), cafuza (descendentes de negros e indígenas) ou mestiça”, pode-se dizer que 6,9% de crianças negras são um número um pouco relativo, pois a nossa população brasileira é formada por um número expressivo de africanos e muito nos entristece saber como o nosso país ainda apresenta tantas questões de discriminação racial e as crianças, embora sem entender muito sobre essas questões sentem sim esse tipo de comportamento.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pardos
Mortalidade infantil no Brasil
As taxas de mortalidade infantil em cada país é uma forma de medir como são as condições de vida oferecidas a população nesse país.
Para calcular essa taxa, observa-se o número de mortes das crianças no período de zero a 1 ano de idade comparada ao número de 1000 nascimentos.
O Brasil, aos poucos, vem melhorando essas taxas com o passar dos anos e as políticas públicas:”Nos últimos anos, o Brasil ganhou destaque no cenário internacional pelo fato de ter conseguido uma grande redução na taxa de mortalidade infantil. Em 2000, a taxa de mortalidade de crianças era de 29,0 por mil nascidos vivos; já em 2010, passou para 17,22 e em 2015 caiu para 13,8 óbitos por mil nascidos vivos4.” https://www.scielosp.org/article/csc/2021.v26n4/1259-1264/#:~:text=Nos%20%C3%BAltimos%20anos%2C%20o%20Brasil,por%20mil%20nascidos%20vivos%204
Apesar dessa melhora, ainda temos muito que melhorar essa taxa, quando compado a países desenvolvidos. Entre as crianças que mais perdem suas vidas nesse primeiro ano, a do sexo masculino ocorre em maior número, por apresentarem maior fragilidade quando comparado as crianças do sexo feminino.
As crianças brasileiras e a educação
Falar desse assunto sobre educação no Brasil não é nada fácil, até por saber do grande desafio que é educar no nosso país, devido as diferenças sociais e regionais, bem como sobre a baixa remuneração dos nossos professores brasileiros.
Pesquisando alguns artigos na Unicef, me deparei com essa ainda triste realidade brasileira.
Na década de 90, iniciou-se no nosso país, a universalização de acesso às escolas para as crianças e adolescentes, porém os dados abaixo ainda nos faz pensar, como esse processo é lento.
“Os avanços, no entanto, não chegaram a todos. Embora o percentual de estudantes na escola cresça, a exclusão escolar persiste. Em 2019, 1,5 milhão de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos estavam fora da escola no Brasil. A exclusão afeta principalmente as camadas mais vulneráveis da população, já privadas de outros direitos.”
“Além do desafio de acesso escolar, há quem esteja na escola sem aprender. O sistema de educação brasileiro não tem sido capaz de garantir oportunidades de aprendizagem a todos. Muitos meninos e meninas são deixados para trás. Ao ser reprovados diversas vezes, saem da escola. Em 2018, 6,4 milhões de estudantes das escolas estaduais e municipais tinham dois ou mais anos de atraso escolar.”
Como está sendo a educação infantil nesses tempos de pandemia?
Com poucos avanços e dificuldades esse tema educação já é complicado em nosso país. Mas, nesse período de pandemia, os desafios foram bem maiores.
Um momento onde escola, profissionais de educação e pais de alunos tiveram que de repente se adequar a algo que, provavelmente, nunca pensaram em ter que enfrentar um dia. As aulas on-line.
Embora sem dados oficiais, o que observamos nesse momento e o que faz nos pensar é como ficará a aprendizagem dessas crianças nesse momento tão turbulento que todos nós estamos passando.
Os professores, na maioria, sem um treinamento e estrutura adequada tiveram que se reinventar para que pudesse passar o conteúdo mínimo para seus alunos e ao adentrar à realidade de cada um de seus alunos, muitas vezes se deparar que do outro lado da telinha, isso quando se tinha a telinha, com que condições as crianças estavam realmente preparadas para a aprendizagem.
Quando se pensa em uma sala de aula, onde cada aluno vem com suas realidades tão diferentes já não é fácil para os educadores para administrar tudo isso.
Com a pandemia, essas questões vieram mais ainda à tona. A medida que a escola, de certa forma, adentrou a casa de cada aluno, foi o momento também que se pode verificar as reais diferenças e situações que cada aluno e o que os pais tiveram que enfrentar para conseguir minimamente levar essa situação.
E o retorno presencial, outra questão a ser pensada. Como cada criança, pais e professores estão lidando com tudo isso?
Nesse dia das crianças de 2021, fico realmente aqui pensando no nível de sofrimento que os nossos pequenos também estão enfrentando, sem contudo ter uma estrutura para poder expor tudo isso para fora.
Espero que nesse dia 12 de outubro, possamos pensar seriamente em nossas crianças com um olhar de carinho e que seja um dia especial para elas que, juntamente, com todos os adultos, estão também passando por situações de sofrimento.
Provavelmente, teremos muitos desafios pela frente com as nossas queridas crianças e que possamos ter a devida paciência para com elas nesses tempo difíceis e desafiados, para os pais, alunos e professores.
Me lembrei de alguns post que já fiz por aqui, com algumas dicas de brincadeiras para esse dia das crianças e sobre as crianças diante da pandemia. Talvez possa se interessar:
10 brinquedos para o dia das crianças com custo mínimo
Dia das crianças nessa pandemia – Uma reflexão a respeito
As minhas três crianças (kkk) já são adultos hoje, porém para quem já tem algum netinho como eu, a vida continua e hoje mais maduros, sabemos da nossa importância junto a essa nova geração que está em desenvolvimento. Que possamos dar o nosso melhor, com amor, carinho e dedicação.
Enfim gente, que possamos deixar o celular um pouco de lado nesse dia e ter um olhar dedicado as nossas crianças que, além de presentes, o que mais precisam como seres humanos é de nosso afeto para com elas.
Era isso por hoje.
Obrigada pela sua visita. Você é sempre bem vindo(a) por aqui.
Um abraço e um feliz dia para todas as nossas queridas crianças.
Referências:
ALVES, T.F. COELHO, A.B. – Mortalidade infantil e gênero no Brasil: uma investigação usando dados em painel. https://doi.org/10.1590/1413-81232021264.04022019
https://www.unicef.org/brazil/educacao