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O Chile de Pablo Neruda

Tempo de leitura 3 min.

Oi Gente

O objetivo do post é dar algumas dicas legais sobre esse lindo País. O que posso dizer é que visitei o Chile em 1992, estava grávida ainda do meu segundo filho e, infelizmente, não tive outra oportunidade ainda de voltar, mas quero muito.

O texto com as dicas foi escrito por Júlio Magalhães e achei  bem legal dividir as dicas com você, principalmente se curte literatura. Te convido a uma leitura….

Santiago – Foto de Pablo Garcia Saldaña

https://unsplash.com/photos/Y-MGVIkpyFw

Já falamos no mês passado sobre alguns destinos mais comuns para o turismo, especialmente no caso dos Estados Unidos com Boston. Contudo, a América Latina também merece destaque. Veja então as dicas que o texto do Julio Magalhães nos sugere.

Quando pensamos em uma viagem ao Chile, algumas palavras do grande turismo vêm à mente: Cordilheira dos Andes, vinho, sentollas (aquele caranguejo imenso), Patagônia, deserto. Como no Brasil, temos nossa visão estereotipada para exportação, mas, tal aqui como lá, há uma complexidade e riqueza cultural, social e econômica muito maiores e mais interessantes. O esguio país da costa do Pacífico vale, certamente, a visita.

literatura, precisamente é um dos tesouros do país. Dos atuais, vale ficar com a visão contemporânea de uma de seus maiores novelistas, Alejandro Zambra, a começar por Bonsai, um livro que não precisa de 300 páginas para ser magnífico.

Uma escritora prolífica que traz uma visão histórica e fantástica do país e de sua cultura é Isabel Allende que, entre outras coisas, produziu o imenso A Casa dos Espíritos. Mas, o ápice, literalmente o Nobel nacional, é Pablo Neruda.

Em Santiago, na capital federal, além se aprofundar na cultura e história do Museo Precolombiano e jantar no cinematográfico restaurante, Como Agua para Chocolate, a visita obrigatória é a La Chascona, a primeira casa a ver de Pablo Neruda, hoje tornada Fundação Pablo Neruda.

Localizada no moderninho bairro de Bellavista, será a introdução à vida íntima do Poeta. O nome da casa se refere a seu amor secreto de 1953 e significa despenteada, pela cabeleira ruiva de Matilde Urrutia. Em 1955, o autor se separa de sua primeira mulher e vai viver em definitivo com ela ali, ampliando o imóvel com a construção de um bar e um escritório. A casa hoje abriga uma pinacoteca, uma coleção de artigos africanos e muito da vida e obra dos escritores chilenos.

A 120 quilômetros de Santiago está Valparaíso. A cidade portuária e universitária abriga grande vida noturna tanto quanto diurna, com feiras, mercados populares e uma arquitetura vertical entre seus morros e construções coloridas, como nossas casas em centros históricos.

Lá também é onde está La Sebastiana, a outra casa do poeta que lembra uma embarcação. Cansado da vida na cidade grande, ele se muda para o alto de um dos morros da cidade em uma casa compartilhada com amigos, cada um ocupando um andar. Buscando concentração e grande vista da cidade, ocupou os últimos pisos, terceiro e quarto, pensando apenas depois de acordado, que havia comprado escadas e terraços. 

                                Valparaíso – Foto de Loic Mermilliod

https://unsplash.com/photos/H6KJ2D0LphU

Antes de sair do perímetro, vale dar uma olhada no que há tão próximo ao mar. Valparaíso com seus navios de um lado, quarenta minutos depois, Viña del mar, um balneário com gaivotas e leões marinhos indicam a temperatura das brilhantes águas do Pacífico. Muito diferentes entre si, mas com o lazer e turismo enquanto prioridades, elas apresentam diversas atividades de lazer e cultura. Restaurantes, bares, boates, grandes hotéis e, para quem busca algo mais tranquilo, será suficiente apenas caminhar pelas ruas de Viña, olhar seu relógio de flores, a vista da costa, possibilitando um mergulho gelado – vale a experiência para conhecer mais um oceano, um sábio dirá.

Isla Negra, a última casa da história, a primeira construída pelo poeta, a última em que ele viveu. A 80 quilômetros de Valparaíso sentido sul e também na costa, está uma região pequena, El Quisco, endereço da casa de seu descanso final. Arquitetada e construída aos poucos e durante anos, era o refúgio do poeta e sua amada. Neruda precisava do mar, tinha uma relação direta com ele, como a inspiração e a calma necessárias para seus livros. Sua musa maior ainda era a natureza. Ali recebia os amigos e, quando necessário, se isolava do mundo para produzir.

No fim de sua vida, seu físico deteriorava, como se juntos – nação e poeta – fossem um organismo único. Seu corpo e o de Matilde, seu eterno amor, seguem ao fundo de Isla Negra, de frente para o mar, seu retiro final. A tranquilidade local, o mar esparramando-se nas ondas, indicam a imensidade do país e a complexidade do seu povo, sempre atrelado à natureza e seus ciclos. Tudo isso e mal falamos da Cordilheiras, de seu Atacama ou da Patagônia. Como foi dito, o Chile é imperdível – e impressionante.

Deserto do Atacama – foto de Sifan Liu

http:/https://unsplash.com/photos/sl_oGl–GrY

E aí gostou das dicas? Eu sinceramente gostei e me deu muita vontade de me aprofundar sobre a biografia de Pablo Neruda. 

Era isso por hoje.

Obrigada pela sua visita. Você é sempre bem vindo(a) por aqui.

Um abraço.

 

Fique a vontade para expor sua opinião, afinal aqui discutimos ideias e não pessoas.

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