Oi Gente
Hoje vou falar aqui, então, sobre essa cidade onde tivemos a oportunidade de morar e que passamos momentos de muitas aventuras por lá. A cidade de Aberdeen, na Escócia. Se você pensa em ter uma experiência fora do país, quem sabe pode servir de incentivo…
Union Street – como eu andei por essa rua… A rua central de Aberdeen
A cidade de Aberdeen – Scotland
Aberdeen é uma cidade que deve ter hoje em torno de 220 mil habitantes, foi fundada no ano de 700. Sua economia está voltada para artigos têxteis, couro, papel e a prática da pesca do salmão.
Ela possui um importante porto do Mar do Norte, e também é conhecida como cidade do granito, ou cidade de pedra, pois a maioria de seus edifícios e construções externamente são todos construídos com esse tipo de material. Lembrando aqui gente, que essas fotos já estão com 21 anos, talvez a qualidade não sejam tão boas como as de hoje. São fotos daquelas ainda que tinham os filmes e a gente não via a hora de revelar para saber como eram. Mas tinha toda essa expectativa da espera, e da surpresa quando se ia buscar umas fotos que haviam sido reveladas. Adorava isso e agradeço por ter investido também nas fotos, ainda que amadoras, pois são elas que contam a nossa história.
Aqui era uma parque na cidade que, quando as crianças estavam terríveis dentro de um apartamento, a gente os levava para queimar energias e como corriam por lá. Aqui a minha caçula com apenas 2 anos.
No tempo em que residi nesse cidade, o que me chamou a atenção foi o fato de todos os dias, ao final da tarde, uma chuvinha fina caía sobre a cidade e era interessante observar os carrinhos de bebês, todos com uma cobertura para chuva. Na realidade, naquela época para uma brasileira por lá, tudo era novidade, não tínhamos ainda a globalização e nem as facilidades de hoje.
Foto com João (4 anos) e Malu (2) anos. Na realidade o João estava com 03 três anos ainda nessa foto e completou quatro anos por lá.
Para você que não viu o post anterior, estou falando do tempo em que acompanhei meu marido Ademir Calegari em seu mestrado na Escócia, com três crianças e minha mãe nos acompanhando.
Aqui a turminha toda, com a mais velha Gabi, com 07 anos.
Tudo era diferente, as informações não eram tão disponíveis como hoje. Isso era muito legal, pois tudo era novidade. O frio, o povo, a língua, a adaptação em um país, os desafios que eu teria que enfrentar em um país no qual, por um certo tempo, seria o local da nossa residência.
Foi incrível, por exemplo, quando conheci por lá uma loja de 99p. (que é menos que 1 pound-moeda utilizada na Escócia). Aqui no Brasil, na época, nem se pensava nessas lojas de baixo custo. Simplesmente eu não acreditava no que estava vendo. (kkk)
Aqui, minha mãe, hiper nova com as crianças. Fazia pouco tempo que meu pai havia falecido e ela nos acompanhou nessa aventura. Sem falar uma palavra em inglês e acompanhar o nosso ritmo não era fácil. Como é importante o papel dos avós nessa fase de idade das crianças.
Aqui o Ademir, no parque nos finais de semana. O trato era esse, ele estudava loucamente durante a semana, mas nos finais de semana tinha que dar um tempo pra gente, para passearmos com as crianças. Ele já havia me alertado que não poderia me acompanhar no dia a dia, pois o desafio dos estudos não eram fáceis. Me lembro bem que ele me levou um dia para conhecer a cidade e tinha um Mazda e ele foi me mostrando e dizendo: “Mari se você quiser conhecer e andar por aqui, vai ter que pegar o carro e dirigir”. Lembrando né gente que lá a direção é de outro lado, as ruas todas invertidas. Lógico que me deu um medinho, mas não tive dúvidas. Pensei: capaz que vou ficar parada dentro de casa, vou encarar esse desafio, pois vou desbravar os cantos por aqui.
E imagina se não cometi algumas barberagens. Só para te contar uma: No primeiro dia que peguei o carro com as crianças e minha mãe sozinha, simplesmente bati toda a traseira dele (kkk). E, pior, eu pensei que estava entrando em uma rua e quando vi estava dentro de um condomínio e foi por lá mesmo que bati meu carro. Ainda bem que foi de leve e não estraguei nada a não ser a traseira do meu próprio carro. Fui dar uma ré e não vi um tipo de poste pequeno de ferro. Não me intimidei, fomos no nosso destino do mesmo jeito.
Na época, eu estava então com 33 anos e com uma vontade louca de explorar o máximo que pudesse por lá. Lembrando ainda que ele era bolsista do Reino Unido, ou seja, havia pouco dindin com essa família grande de estudante. Lógico que levamos algumas economias e gastamos todo o dinheiro de um Del Rey, o carro que tínhamos por aqui no Brasil na época.
Aqui era o nosso apartamento, onde a gente morou. Já nem estou mais lembrada se era no terceiro ou no quarto andar, acho que era no quarto, pois me lembro que abaixo do nosso havia um escocês danado que, quando ouvia barulho das crianças, acho que batia com um cabo de vassoura. Como conseguir fazer a criançada dentro de um apartamento ficar literalmente quieta. Um dia o Calegari falou assim, vamos ver Escocês quem bate mais forte. O Escocês batia de baixo com o cabo de vassoura e o Calegari batia de cima. Acho que o Calegari ganhou, pois depois daquele dia, nunca mais o Escocês bateu com o cabo de vassoura. E engraçado que ele nunca cruzou com a gente. Esse é o problema dos brasileiros, com as crianças barulhentas, pois por lá gente elas são bem mais quietinhas viu. Ai gente, que saudades.
Esse dia aí estávamos saindo em um domingo de manhã para fazer um picnic com as crianças e alguns amigos do Ademir do mestrado, que sempre estavam com a gente. Também o Calegari era um dos poucos estudantes com filhos por lá, com 3 era o único. Estava muito frio e fomos em umas montanhas com muito gelo.
Aqui um dia após as aulas, passamos para ver o mar com tanto frio e a cidade toda coberta de neve.
O mar da cidade de Aberdeen, nesse dia, só não estava congelado pelo imenso tamanho que ele tem, pois em volta dele, vocês podem ter uma ideia. A gente descia do carro, tirava uma foto e já de volta para o carro com as crianças, pois era muito frio e o carro sempre quentinho. É um frio gente, para nós brasileiros, difícil de encarar, mas com as estruturas que eles tem por lá, tudo dá certo.
A carruagem da Cinderela
Aqui era um outro lugar bem próximo a Aberdeen que a gente ia nos finais de semana, e levava as crianças. Era um parque com o nome de History Book, uma parque temático onde haviam brinquedos relacionados as histórias infantis e com os brinquedos relacionados as histórias. Imaginam se eles não gostavam desse passeio.
A escócia é um país de paisagens maravilhosas. O turista, quando for visitar por lá, precisa alugar um carro e percorrer o país ou pelo menos um pedaço dele, para ver as paisagens maravilhosas que tem por lá. Sou suspeita, pois amei essa experiência nesse país e resolvi escrever por aqui, por sugestão de algumas pessoas que querem que eu conte as histórias do que já aprontamos em nossas viagens.
Aos poucos estou selecionando as minhas fotos e vou trazendo aqui para você. Mas o que eu quero deixar com esse post, hoje para você é o seguinte: Se você é daquele(a) que tem vontade de se aventurar no exterior, não tenha medo, acredite, encare, se prepare e vá em frente, é uma experiência incrível e tudo vai dando certo. Fomos em final de 1994 e início de 1995, onde tudo era mais difícil do que hoje e demos conta do recado, com a criançada junto. Se valeu a pena? Muito, mas muito mesmo. Se pensa em fazer uma viagem pela Europa, pense seriamente em incluir esse país em seu roteiro, tenho certeza que não vai se arrepender.
Vou parando por aqui hoje e espero continuar em outros posts sobre o que uma brasileira morando na Escócia aprendeu e aprontou por lá. Veja também o primeiro post: https://blogdamaricalegari.com.br/2015/10/23/escocia-i/.
Obrigada pela visita. Você é sempre bem vindo(a) por aqui.
Um abraço.