Hoje vim postar aqui sobre artesanato que de certa forma sempre tem algum tipo que a gente prefere ou que você gosta de fazer, até porque artes manuais é também uma forma de você poder relaxar, uma forma de dedicar seu tempo em algo criativo que lhe possa dar prazer e satisfação.
Em um mundo estressante como o nosso é bom pensar em algum tipo de Hobby que você aprecie e comece a dedicar. Seja nas artes, no artesanato de todos os tipos, nas coleções, na dedicação a algum tipo de estudos para favorecer os animais menos protegidos por exemplo, ou ainda ensinar algo que você sabe a alguém que não teve essa oportunidade. O importante é você arrumar um jeito de manter sua cabeça ocupada com algo que lhe dê algum prazer, prazer esse que lhe pertence e que só você poderá avaliar o valor que isso tem. Algo de preferência que seja bem diferente daquilo que você faz na sua rotina diária.
As pessoas em geral gostam de dar palpites uns na vida dos outros, lógico que sempre dizem que é bem intencionada. Mas, você já ouviu alguém que adora fazer um crochê por exemplo, e curte muito isso e faz lindos trabalhos e lá vem sempre um chato ou uma chata “pegar no pé” da pessoa falando coisas do tipo assim: “Nossa como você consegue ficar tanto tempo parada ai?” Você não enjoa de ficar fazendo esse crochet ou bordado? ou sei lá o que for que a pessoa esteja curtindo.
Quem gosta de artesanato, de arte ou de algum hobby por mais estranho que seja, é algo que devemos respeitar, pois para aquela pessoa é sim importante, é um prazer e muitas vezes a ajuda a elaborar as coisas da vida e muitas vezes isso ainda acaba sendo a fonte de renda de muitas famílias.
Não tenho mais o risco dela, mas talvez se você curtir da para tirar o modelo por aqui mesmo nas fotos.
Vou falar então aqui de uma almofada que fiz, que bordei de ponto cruz e que tenho muito carinho por ela e quando olho para ela a qual digo que é minha almofada gaucha, sabe por que?
O nome gaúcha é porque ela foi todinha bordada no Rio Grande do Sul em Porto Alegre. Gente ela não é novinha gente. Teve um tempo em que fui passar sozinha uns quinze dia com minha sogra no Rio Grande do Sul, em uma época que havia um problema sério de saúde na família e como eu não gosto de dormir cedo, lá cheguei e fiquei pensando o que vou fazer a noite, depois que todos dormirem para passar o tempo.
Ai falando com uma cunhada ela me emprestou algumas revistas e achei um risco que adorei e assim fui lá no dia seguinte comprar o etamine e as linhas necessárias para bordar o quadro (quadro que estava na revista) e que depois transformei em almofadas.
Então gente, nessa época eu ainda fumava, sim sou ex fumante para quem não sabe, e eu adorava sentar a noite, ascender um cigarro na varanda e ficar ali contando os pontos e bordando a almofada.
Foi um momento difícil de elaborar a perda inevitável de um parente, o qual o via a cada dia já sabendo que iria perdê-lo. Não é fácil esses momentos, e ter que lidar com perdas em idades que não esperamos ou não concordamos (afinal somos humanos). E uma pessoa que eu gostava muito que, embora com pouco convívio era possível saber o quão grande era o seu coração.
Então gente as vezes fico pensando nessas propagandas onde dizem “desapega, desapega, desapega”, tudo bem que as coisas materiais nunca foram mais importantes que as pessoais, mas os objetos que nos rodeiam e que fazem parte da história de cada um tem sim seu valor, que vai além do valor do dinheiro.
Você já imaginou o valor de uma cobertinha as vezes até velhinha que certas crianças carregam com ela? o valor que isso possui para ela? Assim são as coisas. Essa almofada para mim tem esse valor, valor de lembrar de um momento de perda de alguém querido e do tempo e dos dias que fiz companhia para minha sogra no Rio Grande do Sul, quando da perda de um dos seus filhos, meu cunhado e então quando a vejo de certa forma me remete a esse período.
A montagem da almofada foi feita pela minha mãe, que também é muito caprichosa. Então uma simples almofada pode sim trazer valores que qualquer outra pessoa que a vê nem imagina.
Por isso gente, temos sim que ter respeito com os objetos dos outros, por mais idiota ou feio que seja para você, mas para aquele que o pertence pode não ser assim. Isso vale para respeitar crianças, adolescentes, adultos, marido, mulher e idosos, principalmente os idosos que trazem muita história em seus objetos.
Era isso por hoje gente.
Obrigada pela Visita. Você sempre será bem vindo por aqui.
Um abraço