logo-Blog MAri Calegari

A família na contemporaneidade

Tempo de leitura 4 min.

 

Oi Gente

Estou curtindo muito o blog pelo fato de poder ter a liberdade de pensar e falar sobre o assunto que me der vontade. E quero agradecer a todos vocês que estão me incentivando e entrando aqui para quem sabe  poder pensar e visualizar diferentes assuntos que fazem parte do cotidiano de todos nós.

Hoje por exemplo me deu vontade de falar e escrever um pouco sobre esse assunto que tanto se tem falado e utilizado dessa palavra família na contemporaneidade. A família é tudo, a família é a base, a família é o meu chão…. enfim, o discurso é muito lindo. Mas quando a seguinte pergunta é feita: Ok. Mas como está a sua família? Onde anda a sua família? A grande maioria das pessoas te olha com um ar de, no mínimo, estranho….

Aquela família que a propaganda de margarina nos apresenta na televisão como ideal de família, por onde anda?

Mas enfim o que é uma família? E como e quando tudo isso começou?

Na realidade podemos dividir em três fases ou períodos a evolução das famílias:

A família Tradicional = É aquele que tinha como finalidade assegurar o tipo de patrimônio. Os pais escolhiam os casamentos para assegurar o patrimônio. Nesse tipo de família, onde os pais escolhiam os pretendentes para seus filhos, sem se preocuparem com a vida afetiva ou sexual do casal, que em geral se casavam ainda em idades precoces.

 

 

A família Moderna = É criado um novo modelo de família, isso no final do século XVIII e meados do XX. Aqui entra o amor romântico, onde há a necessidade dos sentimentos e desejos que eram concretizado através do casamento. Nesse tipo de família se valoriza a divisão de trabalho entre os esposos. A educação dos filhos era assegurada pela nação. A autoridade era dividida entre o Estado e os pais e dentro de casa entre o pai e a mãe.

 

 

 

A família Contemporânea = A partir dos anos 60 impõe-se então a família mais um componente que não era tão exposto anteriormente. Impõe-se ao casal, além da função de continuar a prole, impõe-se também a satisfação nas relações íntimas ou realização sexual. A autoridade começa a se tornar problemática, surge o aumento do número de divórcios, separações e recomposições conjugais.

Embora o tempo faz com que o modo de ser família vá se transformando, ainda alguns traços da família anterior são sempre conservados, como por exemplo o controle da sexualidade feminina e a preservação das relações de classe. E junto a tudo isso, os filhos  vão nascendo, crescendo e formando cada qual uma concepção de família.

No âmbito familiar, enquanto as crianças estão na dependência total dos pais, onde o que o pai e a mãe fala é a lei, tudo bem.  A família se mantem em volta do que os pais definiram ser melhor para os filhos. Aqui a família ainda pode escolher a escola que comunga dos mesmos valores, uma vez que o Estado já não garante a todos a educação. Os pais ainda conseguem um certo controle na forma de conduzir suas famílias.

Quando as crianças e adolescentes começam a frequentar outras famílias que não as suas, começam os questionamentos normais da idade: Quem está certo? Meu pai, ou o pai do fulano, minha mãe ou a mãe do fulano e aí como lidar com esses questionamentos, uma fez que na contemporaneidade existem os diversos estilos de família que se formam diferente daquela que para você é considerado família, como lidar com a situação?  Lembre-se que a situação existe e não adianta fechar os olhos para aquilo que está a sua frente.

Não se trata aqui de dizer que um está certo ou outro está errado, isso não existe gente. O que é certo para você pode estar muito errado para o outro. Muitas vezes os pais se perdem nessa época com os questionamentos que os filhos trazem para casa. Até porque na família moderna havia uma certa regularidade de comportamentos presentes, digamos assim padronizados, o que até se tornava mais fácil a educação dos filhos.

Mas hoje não adiante só viver de saudosismo, hoje estamos no ano de 2015, com outros modelos de famílias contemporâneas, famílias diferentes e formadas por vários tipos de relações: Temos a mãe solteira com 1 filho que é uma família, temos o pai solteiro criando seu filho,  temos os pais separados vivendo em casas separadas, cada qual com um outro parceiro ou parceira, que é uma família, pois o pai e a mãe continuam existindo, temos família de casais do mesmo gênero, e temos famílias que convivem 3 gerações no mesmo teto. E ai como conviver nesses diferentes modos de vivências familiar? Por uma questão de sobrevivência ou de economia, temos pai cuidando das crianças e mãe trabalhando fora, porque para o casal isso é mais interessante.

Esse é o novo desafio para os educadores, de todas as áreas, aprender a viver nas diferenças mantendo a afetividade e o respeito com as escolhas de cada um. Viver nas diferenças não quer dizer que me obriga a ser o que o outro quer que eu seja, mas também não quer dizer que o seu jeito de pensar sempre será o mais correto.

O amor, a afetividade se dá nas relações. Nem sempre somente o sangue garante a sobrevivência de uma família. Família são pessoas vivendo no mesmo teto, onde cada um compartilha com o outro os seus sofrimentos, suas dúvidas, suas incertezas, seus medos e sentem que ali é sim o lugar seguro, onde sabe que alguém está por perto para acolhe-lo sem julgamentos, sem preconceitos, porque isso a sociedade hipócrita já faz muito bem feito, simplesmente oferecendo o que o ser humano mais precisa, amor.

Era isso por hoje gente.

Um abraço.

 

Fique a vontade para expor sua opinião, afinal aqui discutimos ideias e não pessoas.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

compartilhar faz bem!

Pinterest
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp
Email