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Céfalo e Prócris vítimas da mentira

Céfalo e Prócris vítimas da mentira

Tempo de leitura 4 min.

Oi Gente

O post de hoje tem como objetivo trazer aqui para você o mito de Céfalo e Prócris  e refletir sobre as consequências de uma mentira e má interpretação.

 Céfalo era um jovem, bonito e amante dos exercícios, e Prócris, sua esposa,  que o presenteou com um cão muito veloz e um lindo dardo que dificilmente errava o alvo, foram vítimas de uma má interpretação.

Um casal que se amavam e viviam felizes, até que um dia, algumas pessoas entram na vida desse casal e a história toma outro rumo. E aí? Saiba um pouco sobre esse mito por aqui…

E aí? Eis que aparece uma terceira pessoa chamada Aurora que se apaixona por Céfalo e, quantas coisas não se faz por uma paixão não é mesmo? Simplesmente resolve raptar o belo Céfalo para o tormento de Prócris.

Céfalo apaixonado por sua esposa resistiu a todos os encantos e investidas de Aurora e assim ela, Aurora, o dispensa muito irritada:  ” – Vai ingrato mortal, fica com tua esposa, a qual, se não me engano, hás de lamentar ter conhecido”.

Assim Céfalo retorna a esposa e tenta ser feliz como antes. Acontece que uma determinada divindade, a qual  andava muito irritada, havia pedido para uma raposa devastar toda a região e seus lindos bosques. Os caçadores então resolvem capturá-la e nenhum deles consegue realizar essa tarefa.

Mas  Céfalo tinha ganhado o presente de sua esposa, o cão mais veloz de toda a região chamado Lelaps e é  a ele que vão se dirigir para que ajudasse a caçar a danada raposa. Lelaps era tão rápido como um raio e, assim, no alto de um monte, Céfalo e os demais caçadores subiram para assistir a essa caçada.

A corrida do cão até a raposa virou uma atração, mas os deuses não queria que nenhum dois dois fosse o ganhador dessa corrida e,então,  tanto o cão como a raposa foram petrificados, deixando Céfalo sem seu fiel amigo Lelaps.

Céfalo, mesmo com a perda de seu cão, ainda tinha o famoso dardo e assim continuou com suas caçadas através dos bosques. Após um dia inteiro de caça, o jovem Céfalo tinha adquirido o costume de  descansar, em lugar a sombra  próximo a um belo riacho,  e ali tirava suas vestes para sózinho curtir o frescor do lugar.

Nesses momentos de relaxamento e descanso, o qual  Céfalo apreciava ele tinha, também,  o costume de dizer em voz alta: “Vem, brisa suave, vem afagar-me e leva o calor que me abrasa”. 

Alguém “sempre tem alguém” passando ali por perto escuta esses dizeres de Céfalo e julgou que o mesmo estaria dizendo isso a uma mulher e, logo  correu  contar a sua esposa Prócris.

A esposa Prócris, feliz e apaixonada pelo marido, ouvindo essa “fofoca” cai desmaiada ao chão e não acreditando depois de recompor-se disse: “Não pode ser verdade; não acreditarei nisso, a não ser que eu mesma seja testemunha”.

Aguardou até o dia seguinte, sem nada dizer a ninguém, e ela mesmo seguiu o marido em suas caçadas diárias e de longe o observou na sua jornada e foi se esconder próximo ao local, conforme o informante lhe tinha dito.

Céfalo, o pobre Céfalo, no mesmo local de sempre, fez todo o seu ritual diário para o seu momento de descanso e deitado na relva exclamou: – “Vem brisa suava, vem afagar-me. Sabes quanto te amo! Tu tornas deliciosos os bosques e minhas caminhadas solitárias!”.

Mas, nesse dia, ao acabar de falar eis que escuta um barulho na mata semelhante a um soluço. Pensando ser algum animal selvagem, não pensou duas vezes, pegou seu dardo que nunca errava o alvo, presente da sua amada esposa, atirou diretamente e eis que acerta diretamente em Prócris.

Consequências de uma má interpretação

Com o grito de Prócris, Céfalo  correu nessa direção e lá encontrou sua amada toda ensanguentada tentando retirar de seu corpo o dardo. Céfalo, desesperado, pegou sua amada a erguei e pediu que ela vivesse e dizendo que não o abandonasse e cheio de culpa nesse terrível momento.

Prócris abriu os olhos e ainda murmurou as seguintes palavras: “- Imploro-te, se algum dia me amaste, se algum dia mereci de ti benevolência, meu marido, que satisfaças minha última vontade: não te cases com essa odiosa Brisa”.

Com essas palavras Céfalo entendeu todo o mistério e Prócris  com seu olhar de amor e ternura, olhou para o marido como se o perdoasse e “que a fez compreender a verdade”.

Ao conhecer, ler e observar  os mitos, eles nos trazem algo que ainda hoje nos transmite situações que são vivenciadas pela humanidade através dos tempos.

Penso que esse mito de Céfalo e Prócris pode nos levar a refletir muito sobre: julgamentos, má interpretações, a própria inveja da felicidade do outro, precipitação sobre algo que não lhe diz respeito, fofoca e todas as demais atitudes que se tomam sem serem bem pensadas e dignas da verdade.

Todo o cuidado é pouco quando se trata de falar da vida do outro, de julgar. As consequências, por melhor que seja a intenção, podem ser irreversíveis, principalmente em situações que envolvem amor, paixão, fidelidade, infidelidade e essas histórias que ainda em nossos tempos conhecemos diariamente.

Enfim, será que você concorda que ainda convivemos com situações e histórias tristes como o mito de Céfalo e Prócris?

 

Era isso por hoje gente.

Obrigada pela visita. Você é sempre bem vindo(a) por aqui.

Um abraço.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referências:

q=C%C3%A9falo+e+Pr%C3%B3cris&espv=2&biw=1440&bih=826&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwiqqoG9zMzRAhUFkJAKHYUKDUoQsAQIMw#imgrc=YqbMJmlOGSzf4M%3A

BULFINCH, T. –  O Livro de Ouro da Mitologia – História de Deuses e Heróis. Rio de Janeiro: Agir, 2014.

 

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