Quem foi Marlene Dietrich?
Oi gente
Já devo ter escrito por aqui que gosto muito de ler, assistir e pesquisar sobre a vida de pessoas que deixaram sua marca na nossa história.
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Acredito que qualquer ser humano que passa por esse mundo deixa algo de si para aqueles que por aqui continuam. Mas, vamos falar a verdade, alguns passam e se eternizam historicamente.
Marlene Dietrich, com certeza, foi uma dessas pessoas que deixou sua marca por aqui e o post de hoje é sobre ela.
Marlene Dietrich, a inspiração de Madona
Embora todo o seu sucesso e sua carreira esteja relacionada a França, Marlene é Alemã e como Alemã, na sua morte, foi enterrada em Berlim cidade natal de seu nascimento.
Marlene é mais uma das mulheres que marcaram seu tempo, no século XX. Nasceu em Schoneberg em 1901 e faleceu em Paris em 1992.
De acordo com um documentário, que assisti esse dias, ela se retirou do mundo artístico e se enclausurou em seu apartamento até o final de sua vida, visando manter a sua imagem de musa. Imagem a qual sempre cuidou e se projetou com ela, além, lógico, de sua voz inconfundível e de ser uma mulher altamente sedutora, a qual durante os anos de guerra, foi considerada uma das artistas mais veneradas pelos soldados em batalha.
Hoje alguns fatos sobre a vida de Marlene se encontram no Museu de Berlim, cujo endereço do site, se encontra nas referencias abaixo.
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A sua vida em Berlim
Dietrich Nasceu na rua Sedan 53, hoje Leberstrabe 65 em Schoneber- Berlim). Seu pai, Sr. Louis Erich Otto Dietrich, foi tenente da polícia. A sua casa onde nasceu foi destruída com a guerra e parcialmente reconstruída em uma outra época, e lá hoje se encontra uma placa dizendo sobre o local do nascimento de Dietrich.
Ainda em Berlim , até o ano de 1924 Marlene residiu em nove moradias, sendo algumas delas destruídas pela guerra. Faz a sua educação em Berlim e se casa em 17 de maio de 1923, com Rudolf Emilian Sieber na Igreja Memorial Kaiser Wilhelm.

Foto de 1935, possivelmente era assim a Igreja onde ela se casou.
Atualmente, após ter sido bombardeada, só resta o seu memorial.
Ainda em Berlin, no Teatro eSchumannstrabe 13a, Marlene interpreta seu primeiro papel em 1922, a Caixa de Pandora, (olha a Pandora aí, se você já leu o post sobre ela aqui, agora já sabe do que se trata, se não leu vale a pena a leiturahttps://blogdamaricalegari.com.br/2016/03/09/mitologia-grega-a-curiosa-pandora/-) de Frank Wedekind. Depois realiza mais algumas peças ainda em Berlim, e hoje se encontra lá sua sepultura, no cemitério Friedenau, no endereço Stubenrauchstrabe 43-45, grave 34/16, cuja a inscrição em sua lápide diz o seguinte: “Aqui estou nas marcas de meus dias – é uma linha do poema “adeus a vida” (Farewell de Vida) por Theodor Körner.
Marlene apesar de seu casamento, nunca escondeu sua preferência também por mulheres. Ela frequentava clubes gays, vestida de homem. ” Marlene Dietrich podia derreter um homem com um levantar de sobrancelhas e destruir uma rival com o olhar. Era mesmo deslumbrante”.
“Misteriosa, a atriz sempre zelou por sua privacidade, vivia contando mentiras e inventando histórias sobre si mesma”.
Quando questionada sobre sua relação com o sexo masculino ela dizia: “Queria poder namorar os homens, ficar de mãos dadas e recitar poesias, mas temos que fazer sexo com eles, senão eles nos deixam”.

Josef Von Sternberg, era esse o nome do diretor que a descobriu, que foi seu amante e a transformou em uma verdadeira estrela. Foi ele também que a levou para os Estados Unidos. O filme Anjo Azul, de 1929, foi uma explosão de bilheteria e a partir dali ela ganharia esse apelido de Anjo Azul.
Outros filmes de sucesso da atriz foram :Marrocos em 1930, Desonrada em 1931, A Vênus Loira (1932), O Expresso de Shangai (1932), A imperatriz Galante (1934) e Mulher Satânica (1935).

John Waine (1942), também fez parte da coleção de amores conquistados pela atriz
No documentário quem fala sobre Marlene é sua filha Maria, a única filha que teve, a qual escreveu um livro após a morte da mãe em 05 de maio de 1992. Segundo a filha, Marlene Dietrich não era tão anjo assim, ela diz que a mãe era fria e violenta.
Entre outros fatos históricos dessa atriz, teve com um dos seus maiores fãs, Adolf Hitler, o qual fez de tudo para levar Marlene de volta a Alemanha, mas mesmo oferecendo milhares de marcos alemães para que voltasse ao cinema alemão, Marlene não cedeu a Hitler por ser completamente contra o nazismo e durante a Segunda Guerra Mundial, adotou como seu país os Estados Unidos. Hitler devido a isso a considerou como traidora.

Marlene, durante a segunda guerra mundial, cantava para os soldados como forma de diversão e alivio das dores causadas pela guerra. Recebeu medalhas por isso e também percebeu que podia ser cantora, além de atriz, se apresentando várias vezes em Las Vegas, a partir de 1951.

Apresentação em Las Vegas
Aos 60 anos já era avó, e pisa novamente aos palcos, agora como cantora. Com sua voz grave e rouca encantava quem a ouvia. Quando se tratava de falar a idade, escondia o mais que podia, pois tinha horror em envelhecer.
Em 1976, Dietrich durante um show na Austrália, em Sidney, sofre uma queda onde fraturou a bacia. Esse episódio a levaria a Paris, refugiando-se apenas com uma empregada em seu apartamento, onde admitia somente visitas de sua filha, netas e do seu próprio neto.

O seu contato com o mundo exterior seria somente através do telefone, levando Eryk Hanut, escritor, fotógrafo e grande amigo da artista a escrever um livro sobre as suas longas conversas com Marlene Dietrich. Ela era impulsiva e ele, e segundo sua própria filha, de temperamento difícil.
Em 1961, no filme que chocou o mundo Julgamento em Nuremberg, por tratar sobre o nazismo e e o holocausto, ela foi a grande protagonista. Além do cinema, Marlene participou também de vários programas de televisão e rádio.
Pode-se dizer que Marlene foi uma dessas mulheres muito a frente de seu tempo, inclusive alguns dizem que foi a primeira mulher a usar calças compridas publicamente, em torno dos anos 20.
Somente após a sua morte, Marlene volta então a Berlim, onde está enterrado o seu corpo atualmente. Lugar esse muito visitado até hoje por um grande número de turistas.

Embora pessoas como Marlene Dietrich foram alvos de muitas críticas e admirações, em sua época, sou de opinião que esses ícones da nossa história foram pessoas que mereceram e merecem sim as homenagens, por conseguir com seu modo de ser, romper tabus, preconceitos e fazer com que a sociedade de um modo geral pudesse refletir sobre questões que muitos preferiam abafar, como foi o caso da guerra e holocausto, por exemplo. Palmas para Marlene Dietrich.
Aproveito para te convidar a ver outros posts por aqui sobre a vida de pessoas que fizeram a diferença em nossa história.
Quem foi Anna Freud? Sua vida e a psicanalise infantil
Quem foi Sidarta Gautama – Buda?
Quem foi Maria Montessori e a criação de seu método pedagógico?
Você sabe quem foi Marie Curie?
Era isso por hoje.
Obrigada pela sua visita. Você é sempre bem vindo(a) por aqui.
Um abraço.
Referências:
http://www.marlene.com/index.html
www.deutsche-kinemathek.de/en/archives/marlene-dietrich-colecction-berlin/marlene-in-berlin