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Passou dos 50? A importância do encontro pessoal com os amigos

Passou dos 50? A importância do encontro pessoal com os amigos

Tempo de leitura 8 min.

Oi Gente

Hoje quero dividir aqui com você uma experiência particular que é sobre ter e participar de um grupo de amigas que, além de ser virtual no whasApp, é um grupo que fazemos questão de que seja presencial.  Quem sabe a nossa experiência possa incentivar ou servir de referência para você que está sentindo falta de ter um grupo de amigos(as) para se relacionar. Saiba um pouco por aqui…

A importância do Encontro Pessoal com os amigos

Na contemporaneidade, a tecnologia e os contatos virtuais estão aí e, pelo que tudo indica, não tem mais como negar e nem achar que essa forma de comunicação, também, nos trouxe sim algumas vantagens. Vantagens principalmente de poder encontrar pessoas distantes, de poder interagir com pessoas de outras cidades, estados e até mesmo países. Acho isso formidável e o lado bom da tecnologia, principalmente com a questão ganho de tempo.

O mais difícil nos dias atuais é saber discernir aquilo que realmente nos faz bem, aquilo que desejamos e separar ou dar um limite aquilo que não é tão bom assim. Acho que é esse um dos nossos grandes desafios.

A tecnologia nos aproximou de pessoas distantes mas, por outra lado, ela também tem nos distanciado e muito das pessoas “em carne e osso” como diriam os antigos. E isso gente, quando se trata de pensar enquanto seres humanos, é de uma importância tão grande que pode ser uma das chaves para o não adoecimento. Ou seja, por sermos seres afetivos a presença humana é de fundamental relevância em nossas vidas. 

Foi pensando nisso e com autorização das amigas, resolvi dividir essa nossa experiência com você que me visita por aqui.

Intercalei aqui algumas fotos de nosso grupo, composto por mulheres, onde a mais nova da turma está com 52 anos e a mais velha? kkk, não seja curiosa e, junto a nossa história, espero trazer algo para que possamos refletir. Infelizmente, não foi possível reunir o grupo todo, até porque algumas já estavam em viagem e outras, por outros compromissos, não puderam estar presente.

A única e importante regra desse grupo

Essa é a única e importante regra do grupo viu gente: Não ter regras, ou seja, não tem dia, não tem hora, não tem local, não tem número de pessoas. Temos o grupo virtual no WhatsApp e, quando alguém já começa a sentir saudades ou falta de se reunir, já agita por lá:  e aí vamos fazer alguma coisa?

Essa é a Wania escolhendo o presente do amigo secreto que poderia ser roubado

É assim que funciona e, por lá mesmo, combinamos o que fazer, onde, local e quem puder vai, vê a melhor data e horário, quando a maioria pode e quer se reunir. Vamos falar a verdade, depois dos cinquenta o que a gente menos quer é tantas regras, já cumprimos várias não é mesmo? Acho isso formidável nesse grupo, o respeito pela decisão de cada uma e, assim vamos indo.

Decidido o que fazer, pode ser um barzinho, um happy hour, uma confeitaria ou casa de uma de nós e aí já combinamos quem dá carona pra quem e pronto, bastou um pouco de vontade e lá estamos nós reunidas a trocar conversas deliciosas, algumas bobas mesmo, outras sérias e, as vezes, até mesmo uma terapia de grupo. 

No nosso grupo, temos aposentadas, pessoas que ainda estão no mercado de trabalho, casadas, separadas, vovós, vovó (esperando a chegada do primeiro neto, no caso eu (kkk) e muito feliz com essa nova experiencia na minha vida) e todas com muito pique e vontade de envelhecer da melhor ou da menos pior forma.

A história do grupo

Na verdade, esse grupo é um desejo muito antigo de todas as participantes, mas sabe aquela história que é comum entre nós brasileiros: “Ai gente, precisamos nos reunir né”;  “Precisamos marcar algo para gente”; só que isso nunca acontecia, até que esse desejo de todas em comum, finalmente conseguiu sair do projeto e fazer disso algo tão legal na vida da gente.

Todas do grupo são mamães de filhas que são amigas desde o jardim da infância. São as  nossas filhas que criaram um grupo chamado “batons” na pré-adolescência e, até hoje, algumas já casadas e com filhinhos, com idade acima dos 30 continuam com o grupo e são mais que amigas, são verdadeiras irmãs uma das outras. As amizades da primeira infância, realmente, são as melhoresJá falei aqui de uma de minhas amigas de infância que adoro e comemoramos o seu níver esse ano em um ambiente muito gostoso, até postei no meu canal: https://www.youtube.com/watch?v=dmebZsy1TMs&t=30s

 

Só para vocês conhecerem essa de vermelho é a Elaine que nos agita e inclusive sugeriu o nome do grupo: “As Frenéticas”. (kkk)

Nós, mãe das meninas, nos encontrávamos na porta dos colégios, nas saídas de excursões, uma na casa da outra levando e trazendo filho, dando carona uma para os filhos das outras, em festividades da escola, formaturas, etc. Algumas mais próximas, como a Wania por exemplo,   até realizamos viagem em família juntas.  Mas, sempre havia aquela conversa de que precisamos nos encontrar mais, quem sabe criamos um grupo, e ia ficando nisso.

Havia a vontade de criar o nosso grupo, o grupo das mães e, assim, o tempo foi passando, as filhas cresceram e esse desejo não se realizava. Até que um dia, a Elaine resolveu tomar a frente dessa história e dar uma intimada na gente para que reuníssemos de uma vez por toda. Talvez, realmente, seja essa a melhor hora mesmo, onde os filhos já não precisam tanto mais da gente e podemos voltar os nossos olhares para o que queremos para nós daqui para frente. 

 

 

O tempo depois dos 50 anos

Embora saibamos que nem sempre a idade cronológica condiz com a idade psíquica, o espelho e a disposição física está sempre ali a nos lembrar desse fator idade e, por que não, do tempo. Tempo que ninguém segura e que está ali a nos mostrar que, a partir dos 50, ele não se deve ser perdido mais, pois é sim um dos nossos maiores valores a ser respeitado.

Primeiramente gostaria de dizer que, quando chegamos e passamos dessa idade de 50 anos, é um pouco natural  querer ficar um pouco mais recolhido(a) mesmo, meio que afastado dos agitos da vida até mesmo para que possamos dar uma parada, olhar para nossa vida e nos perguntar: Onde estamos? O que fizemos? O que conseguimos? O que não conseguimos? Onde queremos chegar? Alcancei o que desejava lá atras? Terei tempo ainda de fazer o que quero? Será que realmente quero aquilo que pensava querer? e várias outras questões começam a nos permear a mente.

Estar nessa fase de idade é como chegar ao topo de uma montanha e estar lá encima, olhando o que fizemos para subi-la e pensar em como queremos, de agora em diante, descer essa montanha.

 

Essa é a Cecília, a nossa querida e competente advogada que continua em atividade profissional

A partir dos 50 em diante, infelizmente, já começamos também a perceber algumas perdas importantes em nossa vida, não somente da juventude, mas também a perda de pessoas queridas que fizeram e participaram com a gente dessa subida da montanha.  Perdas essas bem doloridas, inclusive, até por se tratar de pais, tios, amigos e, a cada perda dessa, é natural que nos faça pensar mais e mais sobre o que realmente quero escolher para minha vida daqui para frente.

Não sabemos e não controlamos nada sobre o futuro

E olha como a vida é feita de acasos. Nessa noite de confraternização, estamos falando inclusive sobre essa nossa fase de lidar com os pais envelhecidos, alguns já precisando de mais cuidados, conversando sobre o fato de cuidadores estar aumentando no nosso país e com essa oferta os preços já estão sendo mais acessíveis, sobre o fato das cidades ainda não oferecem lugares bem preparados para receber um idoso com necessidades específicas, etc..

Passado a nossa noite de confraternização, pois agora cada uma de nós segue com suas programações familiares, achávamos que nos encontraria quem sabe somente no próximo ano.  Mas, como do futuro nada sabemos, algumas de nós nos encontramos na noite seguinte. 

No dia seguinte a nossa amiga Cecília, quando estava comprando um presente para uma criança que apadrinhou no Natal,  recebe a triste notícia de que a sua mãe havia falecido. E lá fomos nós levar a nossa solidariedade em um momento difícil e, onde cada abraço de um amigo se faz tão importante. Quem já passou por essa situação sabe bem o que estou falando. 

A vida é assim, um dia sorrindo e outro chorando, um dia encontrando e outro dia se despedindo. Nada está no nosso controle, nem o que passou e nem o que virá. Só temos o hoje e o presente e é dele que podemos ou não usufruir.

Quando se trata de falar de ser humano, é lógico que ninguém é igual a ninguém e cada um tem a sua história, as suas fantasias, as suas escolhas, as suas dores, enfim essas coisas todas que nos compõem. Mas, acreditem que mesmo com as diferenças de uns e de outros, com a evolução das tecnologias e com encontros virtuais que aproximam sim pessoas,  a importância de termos relações humanas, com o toque, o abraço e a fala, ainda não inventaram algo que faça melhor para gente. Somos seres afetivos e estar, principalmente, com aqueles que nos identificamos é saúde na certa.

A envelhescescência

Pois é gente, nessa fase da nossa idade, onde já passamos por outras como a infância, a adolescência, a juventude, adultos e agora começamos novamente a entrar nessa fase que, alguns autores a descrevem como envelhescência (entre 45 a 65 anos) e, ainda, também é tida como uma das fases de crise do ser humano, onde envolve tantas coisas que você já está cansado(a) de ouvir: Andropausa, Menopausa, Síndrome do Ninho Vazio e começam a aparecer os nossos inimigos ocultos (kkk), pressão alta, colesterol, diabetes, e todas essas coisas mais que nem sempre é tão legal de saber, mas que faz parte, também do envelhecimento. Então, ai é hora de perguntar: O que podemos fazer com isso? 

 

A primeira a direita é a Isamara, mãe de gemeas. Pensa em uma mulher bem informada, sempre trazendo novidades para o nosso grupo. Amo isso.

Somos todas do final dos anos 50 e início dos anos 60 e, como digo de vez em quando por aqui, sempre tivemos que quebrar tabus e agora, para não fugir do nosso objetivo, estamos nos preparando para quebrar esse tabu da velhice. Perdemos muitas coisas sim com a idade, mas cabe a nós pensar o que podemos fazer com isso para que possamos curtir essa nova etapa da vida, agradecendo que não morremos nova, 

 

 

 

Do lado esquerdo,  a querida Diná, uma pessoa hiper doce e querida e vovó recente que tem me dado algumas dicas. Do lado direito a Vera, pensa em alguém antenada com tecnologia. Ela tira as nossas fotos, nos explica sobre celular e sempre com uma alegria linda de se ver.

Achei interessante esse vídeo que fala sobre esse período, caso queira dar uma olhadinha:

Na adolescência é fundamental a interação e estar com o grupo de amigos da mesma idade para passar essa fase, que não é lá nada fácil, juntos. Hoje, que já entramos  na envelhescência que, também,  não é lá uma fase muito simples de administrar, a presença física dos amigos(as) faz com que a gente possa ver, mesmo dentro de tantas perdas, o lado bom do envelhecer, até porque né gente, só não envelhece quem morreu novo. 

 

A de saia listrada e blusa azul Marinho é a sempre elegante Beth, também vovó recente curtinho a chegada no neto. Uma pessoa doce e mãezona demais.

Infelizmente, como já disse, não conseguimos hoje reunir todas, mas ainda terei oportunidade de trazer o grupo todo por aqui.

Quem preparou o nosso jantar?

Nessa noite quem preparou o nosso jantar árabe foi uma das integrantes do grupo e que muito atarefada nessa época do ano, não pode estar com a gente. Mas quero aproveitar até para deixar essa dica aqui para você, além de uma delicia o jantar dela, com muito capricho a quantidade serve muito bem. Fica aqui o telefone da Nádia, caso queiram se informar a respeito ok? 55 43 9996-7676.

 

As nossas outras amigas que não puderam estar presente hoje, vou apresentar em um próximo post, contando o que o nosso grupo anda aprontando. kkk  (São elas, a Valéria, a Ivelise (está na Alemanha no níver de 1 aninho do netinho), a Neuma, a Teresa e a Eriete.

Participo de vários grupos de amigos, colegas e parentes,  até porque eu adoro gente. Quando estamos acima dos 50 anos é claro que conhecemos muita gente que fizeram e fazem parte de nossas vidas e só temos a agradecer a todos que, de uma forma ou outra, compartilharam com a gente nossos bons e maus momentos e nos ajudaram a chegar nessa idade.

 Quero agradecer as amigas do nosso grupo e que possamos continuar o ano de 2019 com nossas programações livres, leves e soltas. (kkk)

Enfim, trouxe aqui para você o nosso grupo como forma de dividir a nossa experiência que é tão gratificante e quem sabe, você possa pensar em criar, participar ou até mesmo dividir com a gente uma experiência de estar com um grupo de amigos(as). Afinal esse canto aqui é para troca mesmo de informações, para que possamos, apesar dos desafios da vida,  olhar,  também, o lado bom dessa arte de viver e envelhecer de uma forma mais agradável.  ok?

Era isso por hoje.

Obrigada pela sua visita. Você é sempre bem vindo(a) por aqui.

Um abraço.

 

 

 

 

2 respostas

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