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Algumas abordagens teóricas da criatividade

Algumas abordagens teóricas da criatividade

Tempo de leitura 4 min.

Oi Gente

O objetivo desse post é trazer aqui para você algumas abordagens teóricas da criatividade.  As vezes, é comum escutar algumas pessoas dizerem que não se consideram nada criativas.  Se você faz parte desse grupo de pessoas, valerá a pena dar uma lida no que trago aqui para você, pois qualquer pessoa pode sim ser criativa.

Vivemos em um país onde se observa o uso da criatividade diariamente, até por uma questão de sobrevivência. A própria diversificação de regiões, o tamanho do país, a misceginação de raças, colaboram para que o brasileiro estejam mais aberto para criar no seu dia-a-dia lembrando que a necessidade é um dos ingredientes que desperta a criatividade e, por aqui, estamos cansados de observar situações onde se a pessoa não for criativa seria difícil de lidar com os desafios que se apresentam no dia a dia.

Me lembro que, no nosso estágio de psicologia educacional, desenvolvemos um trabalho na universidade, junto com alguns colegas, oferecendo aos universitários um minicurso chamado “Potencializando a criatividade do cotidiano” , com a supervisão da Drª Denise Bragotto, da Universidade Estadual de Londrina, que trabalha com o assunto criatividade já há algum tempo.

O nosso grupo estava composto, por mim e os colegas: Murilo Churk Lago, Raíssa Caramanico, Ricardo da Silva Franco e Thaís Santiago Marino. 

Após vários encontros e preparação do referido curso o mesmo foi oferecido para os universitários que se inscreveram para a participação no mesmo e foi muito interessante observar os resultados, após a finalização do curso,  quando se compararou um questionário que aplicamos no início do curso com os estudantes e o outro no final onde os participantes realmente obtiveram uma nova visão sobre o fato de ser ou não criativo. 

Gosto muito desse assunto e acredito que deveria ser uma matéria a ser desenvolvida em todas as áreas de estudos, principalmente nas Universidades.

Algumas abordagens teóricas da Criatividade

Wechsler, 1998; 2008 nos fala sobre as teorias da criatividade e entre elas destacam-se as abordagens filosóficas, psicológicas, biológicas, psicoeducacionais, psicofisiológicas, sociológicas, psicodélicas.  

Vamos ver, resumidamente, o que cada uma tem a nos ensinar a respeito desse assunto:

Abordagem filosófica –  parte do princípio que a criatividade ocorre por meio do processo de inspiração divina ou é uma espécie de loucura humana. Entretanto, para Descartes, a concepção da criatividade se dá como forma de intuição.

Abordagem psicológica – nessa abordagem são vários os enfoques e temáticas desenvolvidos. Skinner, psicólogo norteamericano, discorre dizendo que existe uma cadeia de associações entre estímulo e respostas, onde os comportamentos criativos resultam das variações de comportamentos selecionados pelas suas consequências que foram reforçadoras, o que aumenta a probabilidade de que ocorra mais vezes esses comportamentos criativos.

Na Gestalt a criatividade é vista como a procura de uma solução para uma própria gestalt ou a alguma forma incompleta. O sujeito está constantemente na busca de soluções para falhas ou mesmo para o fechamento de uma forma ou gestalt incompleta.

O psicodrama, por exemplo, dá um grande destaque ao resgate de um modo criativo de ser e de se relacionar com o mundo. Segundo Lima, 2009 – “Essa abordagem propõe que a dramatização seja um recurso para as pessoas buscarem respostas novas e pouco usuais para as situações pelas quais passam ao longo da sua vida”.

Freud discorre dizendo que o processo criativo envolve uma força do inconsciente que chega a consciência. É uma forma inconsciente de solução de conflitos internos. Na pessoa criativa ocorre um “afrouxamento” entre as barreiras do ego e do id ou um menor número de defesas, que são inconscientes.

Na teoria humanista o processo criativo se dá como uma tendência das pessoas para atualização de seu potencial e a se auto-realizarem. Essa teoria entrelaçou a criatividade à saúde mental.

Nas teorias desenvolvimentistas, principalmente para Piaget, a imaginação criativa vem do processo de assimilação, no estado de espontaneidade.

Na teoria psicoeducacional a teoria cognitivista, por meio de Guilford diz que a criatividade estaria na operação do tipo produção divergente podendo ter diferentes combinações e é associado com a resolução de problemas. Já Torrance, em sua teoria (Wechsler, 1998; 2008), diz que existe a combinação de pensamento convergente com o divergente, e isso aparece nas diferentes fases de produção do pensamento criativo e seus elementos.

Abordagem Psicofisiológicasdesenvolve a questão dos hemisférios cerebrais e suas conexões com os lados direito e esquerdo. 

Abordagens Sociológicas – já discorrem sobre a questão do encorajamento ao individualismo e o grau de expressão através de pressões exercidas por um determinado ambiente.

Abordagem biológica a partir da teoria evolucionista de Darwin a criatividade passou a ser vista como uma força criadora inerente a própria vida; é como se a vida por si só já fosse criativa, porque ela se auto-regula, se organiza e está continuamente gerando novidades.

Abordagens psicodélicas – abordam a criatividade na perspectiva de estados alterado da consciência, investigando e considerando as possibilidades de expansão da consciência.

Conceito de Criatividade segundo Solange Muglia Weschler, da Pontificia Universidade Católica de Campinas

“Conceituamos, portanto, a criatividade em uma abordagem mais ampla, onde são necessários diversos tipos de interações para que seja completada de forma harmônica não só para o indivíduo como também para a sociedade. Nesse sentido, devem ser consideradas todas as possíveis combinações entre os seguintes elementos: a) habilidades cognitivas; b) características de personalidade; c) elementos ambientais. A combinação harmônica destas variáveis permitiria o alcance da auto-realização, considerando não só os aspectos pessoais, profissionais e mesmo transcendentais do desenvolvimento humano”. 

Já fiz outros posts por aqui sobre esse assunto, caso você se interesse pelo assunto:

10 frases sobre a desculpa lógica para sabotar a sua criatividade

10 frases sobre a desculpa experiência para sabotar sua criatividade

10 frases sobre a desculpa dinheiro para sabotar sua criatividade

10 frases sobre a desculpa tempo para sabotar sua criatividade

10 frases sobre a desculpa os outros para sabotar sua criatividade

Enfim gente, como gosto do assunto, aos poucos vou trazendo por aqui mais algumas informações que possam contribuir para o desenvolvimento de sua criatividade. Afinal, somos todos criativos, mas muitas vezes só não sabemos que o somos.

Era isso por hoje.

Obrigada por sua visita. Você é sempre bem vindo (a) por aqui.

Um abraço.

 

Referências:

Lima, P. A. (2009). Criatividade na Gestalt-terapia. Estud. Pesqui. Psicol. v. 9, n. 1 – 85-95.

Wechsler, S. M. (1998). Avaliação multimensional da criatividade: uma realidade necessária. Psicol. Esc. Educ. (Impr.), v. 2, n 2, 89-99.

 

 

 

 

3 respostas

  1. Sou de uma geração que usava muito a palavra ” psicodélico “. Acredito que de certa forma tenho criatividade.E tenho gosto por formas de arte, que são formas de exercer criatividade. Mas aí sou expectadora.

Fique a vontade para expor sua opinião, afinal aqui discutimos ideias e não pessoas.

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