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Agatha Christie a “rainha dos crimes”

Agatha Christie a “rainha dos crimes”

Tempo de leitura 6 min.

Oi Gente

O post de hoje tem como objetivo trazer aqui para você um pouco sobre, a melhor escritora do suspense, Agatha Christie, considerada como uma das mais bem sucedidas escritora da história da literatura popular mundial, quando se trata de número total de livros vendidos. Em sua vida publicou mais de 80 livros.

Se você é daquele(a) que não gosta ou conhece alguém que ainda confessa que não consegue gostar de ler, acredito que essa autora seria uma boa recomendação para desenvolver esse ótimo hábito. Essa escritora inglesa, confesso,  foi uma das responsáveis por desenvolver o meu hábito e prazer de ler. Saiba um pouco sobre ela por aqui…

Por que resolvi fazer esse post sobre Agatha Christie?
Pensei como comecei a realmente gostar de ler, e sei bem que essa autora foi uma das responsáveis. Como ainda hoje, ouço, infelizmente, várias pessoas que me dizem da dificuldade de ler ou até mesmo de gostar de ler, quem sabe começando com um livro de Agatha Christie poderá ser um bom início.

Em um documentário da BBC, onde o intérprete David Suchet, um dos que representaram Poirot, por 25 anos,  o detetive criado por Agatha Christie em seus livros, filmes e peças de ficção, resolveu conhecer de perto a vida da escritora que proporcionou ao mesmo boa parte de sua vida artística. 

David Suchet é considerado, entre os demais que representaram o papel de Hércule Poirot,  o que melhor desempenhou esse personagem. Lembrando que o mesmo não conheceu a escritora em vida, pois sua atuação como o detetive Hércule Poirot, só começou bem após a sua morte.

David Suchet, querendo conhecer melhor a vida de Agatha Christie, vai em uma visita a casa do neto de Agatha, Sr. Mathew Prichard, para conhecer melhor sobre a vida em sua intimidade familiar e, ainda, sobre o percurso profissional da escritora.

Um pouco de sua Biografia

Agatha Mary Clarissa Miller, seu nome de solteira, foi uma das mais famosas escritoras inglesas, conhecida também como a “Rainha dos Crimes”.

Nasceu na cidade de Torquay, na Grã-Bretanha, no dia 15 de setembro de 1890, em uma família com posses, recebendo seus primeiros ensinamentos dentro da sua própria residência, onde estudou também piano e canto.

Seu pai era o americano Frederick Miller e sua mãe Clara, inglesa. Recebeu o sobrenome Christie, após ter se casado no ano de 1914, com Archibald Christie, de origem inglesa, cuja profissão era piloto.

Aos quatro anos, em resposta a um questionário, ela diz que o que mais gostava era ler e brincar. Seu primeiro cachorro tinha o nome de George Whashington.

Já aos 5 anos dizia que o seu conceito de tristeza era ver alguém que amava ir embora. Era muito apegada aos pais. Gostava muito da praia e de  nadar, bem como de cães. Ela também escreveu sua autobiografia, onde seu neto guarda até hoje os manuscritos. Diz que teve uma infância feliz e uma babá muito sábia.

“Todas as crianças tem pesadelo e ela sempre tinha um que ela chamava de pistoleiro”.

Em Torquay, onde nasceu, se destacava como uma criança muito inteligente e criativa. Era solitária. Dizia que não tem nada como o tédio para incentivar a escrita.

Quando da morte de seu pai aos 11 anos, sofreram problemas financeiros, o que faz pensar que o dinheiro sempre foi uma das causas dos assassinatos de seus livros.

Até seus 24 anos não havia publicado nenhum livro. Foi na guerra que teve contato com refugiados Belgas, o que pode ter sido a sua inspiração para o detetive belga Hércule Poirot.

Ela tinha uma curiosidade grande desde criança e uma vontade louca de aprender, segundo as palavras de seu neto Mathew.

Com o título “A casa é bonita”, já aos 10 anos, escreveu o seu primeiro conto, porém no estilo romântico. De romântica a “rainha dos crimes”, sua biografia nos conta um pouco de sua trajetória profissional, levando os seus livros, depois da Bíblia e de Shakespeare, serem os mais escolhidos pelos leitores. 

Agatha tinha dois irmãos mais velhos Madgy e Monty. Aos 11 anos, após o falecimento de seu pai, segue sua mãe em várias viagens para diferentes lugares do mundo, o que se pode pensar que contribuiu para a sua criatividade.

Em 1914, após um romance tempestuoso, Agatha Christie se casa com o piloto Archibald Christie e os dois foram para a primeira Guerra Mundial. Inicialmente ela prestou seus serviços na Guerra como enfermeira e, logo mais, trabalhou na farmácia, onde teve contatos com vários tipos de medicamentes, inclusive venenos o qual serviria, mais tarde em suas obras, de inspiração para os assassinatos de seus personagens.

A sua mãe não concordava muito com esse casamento, pois achava que Agatha sofreria na mão daquele que foi o seu grande amor.

Em 1919 nasce sua única filha Rosalind, com o então marido piloto. Nos anos seguintes, perde sua mãe Clara (1926), seu irmão Monty (1929) e sua irmã Magdy, anos depois, em 1950.

No mesmo ano em que perde sua mãe, também se divorcia de seu marido, após descobrir uma traição. Agatha ficou arrasada e desaparecida durante 11 dias: “Christie saiu de casa a 3 de dezembro daquele ano, quanto tinha 36 anos, a conduzir seu carro, que acabou por ser encontrado vazio, apenas com um casaco de peles e uma carta de condução no seu interior.” 

“Mais de mil policiais e de 15 mil voluntários procuraram Agatha Christie, a imprensa andou num reboliço com o caso, e até surgiram suspeitas de que o marido, o coronel Archibald Christie, poderia tê-la assassinado (…)  Agatha Christie foi encontrada num hotel, onde se tinha registrado com o nome da amante do marido, e alegou amnésia temporária para o insólito episódio.”

Os jornais estampavam manchetes diárias a procura da escritora. No balneário de Harrowgate aparece toda a verdade. Ela se hospedou nesse hotel no dia 04 de dezembro,  enquanto todos a procuravam. Agatha era muito tímida e discreta. Alguns diziam que havia feito isso para que pensasse que o marido havia desaparecido com ela, outros achavam que era para aplicar um golpe de publicidade para vender mais seus livros.

Em sua autobiografia ela faz uma critica a todo esse movimento em sua busca, não gostava muito da fama e todo esse movimento da mídia.

No hotel Agatha Christie foi reconhecida por um músico de nome Bob Sanders Tappin.  Ele se dirigiu a escritora a chamando pelo nome e a mesma disse que sofria de amnésia. Somente em 19 de dezembro que foi encontrada pela polícia.

Segundo Casamento

16 Jan 1933, London, England, UK — Agatha Christie and husband Professor Max Mallowan leave their home in London at the start of their journey to north Iraq on archaeological research. — Image by © Bettmann/CORBIS

Em 1930, Agatha Christie casa-se novamente, com o arqueólogo Max Mallowan, o qual era 14 anos mais novo que a mesma. O pensamento abaixo se refere a esse casamento: “Um arqueólogo é o melhor marido que uma mulher pode ter. Quanto mais velha ela se torna, mais interesse ele tem por ela”. Agatha permaneceria casada com Max Mallowan até o fim de sua vida.

Com o novo marido, ela realiza várias viagens com ele por diversos lugares do mundo, tomando conhecimento sobre os assuntos de arqueologia, conhecimentos esses que levaria para seus livros.

Sua única filha Rosalind lhe deu um único neto, no ano de 1943, Mathew Prichard, o que guarda até hoje a maioria dos documentos sobre a história e obra da avó Agatha Christie.

Agatha Christie faleceu em 12 de janeiro de 1976 de pneumonia e seu marido Max faleceu em 1978.  A escritora foi sepultada em St Mary Churchyard, Cholsey, Pxfordshire, na Inglaterra.

Um pouco de seu trajeto profissional como escritora

Agatha Christie se dirigia a região de Devon, conhecida também como a Riviera Inglesa, aconselhada pela mãe, para que se afastasse em algum lugar mais tranquilo onde pudesse escrever livremente seus diálogos. Costumava escrever e ler em voz alta seus diálogos.

Em 1920 publicou  “O Mistério Caso de Styles”, onde houve morte por envenenamento, um método que ela usaria em um grande número de suas obras. O seu conhecimento na área farmacêutica contribuiu para descrever os métodos de envenenamento em seus crimes relatados nas suas histórias. Para que escrevesse com os detalhes sobre esse assunto, só poderia ter tido como conhecimento a respeito.

Foram 56 anos de carreira, acompanhadas por Hércule Poirot e Miss Marple, uma solteirona, que ajudava a desvendar os mistérios da natureza humana.

Em 1926 escreveu o livro Assassinato de Roger Ackroyd que fez grande sucesso e, a partir daí outros viriam na sequência tendo alguns que caíram mais no gosto do público, e foram os que me lembro de ter lido e gostado muito:
– 1934 – O assassinato no expresso Oriente, o qual vendeu mais de 3 milhões de cópias no ano de sua publicação; que foi levado para as telas da televisão e do cinema; 
– 1937 – A morte no Nilo;
– 1939 – O caso dos dez negrinhos; 
– 1975 – Cai o Pano
Encontrei um site de um projeto literário interessante, onde eles se propõem a lerem todas as obras da autora e lá dá para você ter acesso aos títulos da produção da autora, por ordem cronológica. http://www.viagemliteraria.com.br/2009/12/projeto-agatha-christie.html . Achei muito legal o projeto e caso tenham interesse é só visitar por lá.
Enfim gente, somos “bombardeados”, atualmente,  com muitas informações, através da televisão, de filmes, youtube, celular, etc. Uma quantidade de informações que chegam até a gente, vamos dizer assim, de uma forma mais facilitada. Mas, acredite, se aventurar em uma leitura de um livro, onde você poderá fazer as suas associações e tirar as suas próprias reflexões da sua leitura, não tem o que poderá superar isso enquanto uma “ginástica” para seu cérebro, além de se permitir a sua independência de tecer suas próprias opiniões. Ler é tudo de bom e é só começar.
Um bom livro que lhe atraia a atenção, pode acreditar, é um bom investimento para você, principalmente para sua saúde mental. Ler do seu jeito, no seu tempo, se permitindo anotar, riscar, escrever e principalmente pensar por si próprio, não tem preço que pague essa sua aventura.
Era isso por hoje.
Obrigada pela sua visita. Você é sempre bem vindo(a) por aqui.
Um abraço.

 

 

Referências:

Direção de Clare Lewins – documentário Perpectivas: O Mistério de Agatha Christie

Fotos disponíveis na pesquisa do google

www.zap.aeiou.pt

https://pt.wikipedia.org/wiki/Agatha_Christie#O_segundo_casamento_e_retorno_.C3.A0_literatura

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