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Como, quando e onde surgiu o Carnaval

Como, quando e onde surgiu o Carnaval

Tempo de leitura 9 min.

Oi Gente

O post de hoje tem como objetivo contar um pouco sobre a história  do Carnaval,  como, quando e onde começou no mundo e no Brasil.

Conhecer e aprender um pouco sobre o carnaval, bem como o futebol, é no mínimo interessante por se tratar de dois ícones brasileiros na divulgação do nosso país no exterior.

 

Rio de Janeiro, 08/02/2016
Desfile na | at Sapucaí – Grupo Especial
Foto | Photo: Marco Antônio Cavalcanti | Riotur

Quando se pensa em carnaval, geralmente o que vem logo à nossa imaginação é festa, alegria, diversão, colorido, fantasias, bebidas, desfiles e tudo o mais que nos remetem a uma grande festa popular.

O Carnaval, em nosso país, é uma vitrine que atrai milhares de visitantes de todo o globo terrestre  para prestigiar e participar do que é considerado o maior carnaval do mundo.

É bom lembrar, ainda,  do aspecto econômico que essa festa representa para determinadas cidades brasileiras que se destacam nessa arte, fazendo dela o ganha-pão de algumas famílias brasileiras.

A Antropologia é uma ciência que estuda as origens dos homens, a variabilidade de comportamentos sociais nas diferentes culturas. Os antropólogos são os melhores profissionais e estudiosos para falar a respeito dessas manifestações culturais e como  se realiza nos diferentes tipos de raças e sociedades. Sendo assim, busquei uma definição da festa de  carnaval sob o ponto de vista dessa ciência.

As festas onde se reúnem grupos de pessoas para comemorar e participar ,durante um determinado tempo juntos com o mesmo objetivo, é uma forma de socialização, onde, conforme afirma a professora de antropóloga Carmem Isabel Rodrigues que escreveu uma tese sobre o assunto, do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas do Pará, em 2006  que, sob o ponto de vista da antropologia :

“Todas as festas organizadas, inicialmente, de forma espontânea, por grupos locais, produzem espaços de sociabilidade, para onde convergem pessoas com os mesmos interesses e gostos, como encontrar outros para festejar, se divertir, brincar, comemorar juntos um acontecimento ou evento. Esse “estar juntos”cria vínculos que, embora possam durar apenas o tempo do evento, são expressivos dessas formas de sociabilidade presentes nesses acontecimentos”.

 Como, quando e onde começou essa história de Carnaval?

Primeiramente vamos ver o que significa essa palavra Carnaval.  Carnaval significa retirar a carne e é uma palavra originária do latim, carnis levale. 

Esse retirar a carne está relacionado com o jejum que deveria ser respeitado, durante  a quaresma (período onde todos os prazeres mundanos deveriam ser abolidos, inclusive os prazeres da carne, período onde a carne também era abolida da própria alimentação).

Na antiga Babilônia, haviam dois tipos de festas: as Saceias “era uma festa em que um prisioneiro assumia durante alguns dias a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado”,  e havia um ritual do templo de Marduk o qual era realizado pelo rei nos dias que antecediam a primavera chamado de equinócio da primavera “período de comemoração do ano novo na região. (…) Marduk, um dos primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono”.

Mas quem era esse Marduk? Marduk era um deus protetor da cidade de Babilônia.

O que se observa é que nesse período havia uma inversão dos papéis sociais, onde o prisioneiro se tornava um rei e o rei era humilhado perante seu deus. O que pode nos fazer pensar que, hoje em dia, ocorre uma semelhança quando o prefeito  abrindo os dias de carnaval entrega a chave da cidade ao famoso rei Momo.

Em outros locais do mundo, através de outros deuses pagãos e reis, colaboraram para a introdução da festa que conhecemos hoje em dia como Carnaval:

“Na Assíria da Antiguidade, sempre em março, acontecia a festa de Isís, a divindade egípcia protetora dos navegantes e talvez a de maior popularidade na sua região de influência. Seus adoradores introduziram as máscaras na festa. Era com o rosto coberto que marchavam em uma alegre procissão, na frente de um carro que transportava uma barca, depois oferecida à deus.”

 

Pode-se ver de onde vem as famosas máscaras de carnaval ainda utilizadas nas festas de fantasia de hoje e nos carnavais. Mas “as máscaras mais famosas da história foram criadas na Itália, entre elas o Arlequim, o Pierrot e a Colombina, personagens do Carnaval de Veneza.  Historiadores acreditam que o primeiro grande baile de máscaras do mundo tenha acontecido no século XV, chamado de “Ball Masquê”.

Em Roma, no solstício de Inverno, já falei do que se trata isso por aqui,  https://blogdamaricalegari.com.br/?s=solsticio+de+inverno, havia algumas festas onde suspendiam as obrigações sociais e eram chamadas de Saturnália e duravam em torno de uma semana nesse período. “A folia fazia com que, nesse curto período, os senhores usassem chapéus dos escravos e os servissem. Por sorteio, era eleito um rei que podia fazer e dizer o que bem quisesse. Outra cerimônia, a das Lupercálias, acontecia em fevereiro, mês das divindades infernais e das purificações”. 

Olha ai gente, quem sabe se, possivelmente, é daí que vem o mês de fevereiro, quando comemoramos geralmente o nosso carnaval. Não sei te dizer se é ou não desse fato, mas fez me pensar aqui fazendo o post que pode ter sido dessa influência a nossa data por aqui. Se você sabe algo a respeito poderá contribuir com essa informação.

Há muitas outras histórias que relatam sobre o surgimento do Carnaval que foi bem antes do surgimento do Cristianismo. E em cada país ele foi sendo evoluído com determinadas regras, tais como número de dias, formas de se apresentar, desfiles, teatros. Embora a Igreja no século II, através dos seus dirigentes denominaram esse tipo de festa como algo do maligno e contra os bons costumes, o fato é que o Carnaval, nas diferentes formas de manifestação em diferentes países, sobrevive até hoje. 

E aqui no Brasil como foi que o Carnaval foi introduzido e se tornou no que é hoje?

O Carnaval aqui no Brasil se iniciou na época em que o nosso país ainda era colônia de Portugal e sendo colônia não tinha como não sofrer influências de toda a cultura portuguesa na época.

“No Brasil, o Carnaval chegou possivelmente, com o entrudo – uma festa anterior a quaresma praticada pelos portugueses.”

 

 O que significa Entrudo?

Mas o que é esse Entrudo? Pense bem, pelo nome já podemos prever o que significa. A palavra entrudo nos lembra entrada, não é mesmo? É isso mesmo o que significa entrada, “(…) marcando assim a entrada do período de carestia religiosa. No Brasil, ela era praticada desde o período colonial, principalmente por escravos e as camadas populares”.

As pessoas saíam as ruas com as caras pintadas de farinha e essa mesma farinha era utilizada para jogar nas pessoas e ainda, pegavam os chamados “limão-de-cheiro”os quais apresentavam cheiros desagradáveis e eram atirados nas pessoas nas ruas. Essa prática foi considerada violenta e faziam também uma sátira sobre as posições sociais não agradando a elite brasileira.

Enquanto a elite brincava o carnaval nos grandes clubes fechados e pagos, copiando de certa forma o carnaval de Veneza, as classes menos privilegiadas iam para a rua para celebrar o carnaval. “Uma primeira tentativa de controlar o entrudo ocorreu na década de 1840, na cidade do Rio de Janeiro”.

Assim, aos poucos, também a elite começou a sair as ruas do Rio de Janeiro apresentando-se em desfiles. “De um lado, a elite, com as sociedades e depois os corsos, desfiles em carros conversíveis pela Avenida Central. Do lado popular, surgiram os ranchos e os cordões, cortejos acompanhados de alguns instrumentos de percussão, que se assemelhavam esteticamente às procissões religiosas. Mais uma vez é possível perceber a inversão de valores da sociedade durante o Carnaval, além da disputa do espaço urbano entre a elite e as classes populares”.

Quando se refere a história do Carnaval aqui no Brasil há de se relatar os “Zé-Pereiras” e “Cucumbis”. Vamos ver um pouco sobre isso então. A que se referem esses  termos?

ZÉ-PEREIRAS

Lendo e pesquisando sobre a origem dos Zés-Pereiras, observei que há algumas diferenças na forma de abordar sobre assunto. Encontrando, assim, algumas divergências.  Mas, uma das versões que é muito utilizada por vários historiadores, a invenção do Zé-Pereira, o qual até tem uma música conhecida, é atribuída a José Nogueira de Azevedo Paredes, um comerciante português, que já estava estabelecido na cidade do Rio de Janeiro, em meados do século XIX.

“Os grupos chamados “Zés-Pereiras”são característicos das festas e romarias do Norte de Portugal com maior incidência para o Entre Douro e Minho.” Entre Douro e Minho foi uma província antiga de Portugal, onde demógrafos utilizavam-se desses nomes para se referir a Noroeste de Portugal e hoje estão os Distritos Viana de Castelo, Braga e Porto.

Quando saem as ruas em desfiles, os zés-pereiras utilizavam-se de vários instrumentos de percussão, entre eles: “caixas de rufo, timbalões e bombos; assim como aerofones melódicos: pífaros e gaita de fole, por vezes, acompanhados de gigantones e cabeçudos“.

“Apesar de não negarem a influência lusitana na criação do Zé Pereira, alguns estudiosos do Carnaval, discordam da versão que atribui a José Nogueira seu surgimento. Os autores defendem que uma série de influências contribuiu para o aparecimento dessa festa carnavalesca. As referências sobre a tema na literatura carnavalesca são desencontradas. Algumas apontam o surgimento do Zé Pereira em 1846 (Moraes, 1987), em 1852 (Edmundo, 1987) ou em 1846, 1848 e 1850 (Araújo, 2000). “http://iepha.mg.gov.br/banco-de-noticias/1039-iephamg-apresenta-ze-pereira-tradicao-antiga-no-carnaval

E o que o  são esses tipos de instrumentos?

Caixas de Rufo“pequeno tambor cilíndrico, com corpo de madeira e couro nas duas bases, percutido de um só lado com duas baquetas de madeira, usado nas orquestras e nas fanfarras militares”.

 

Timbalões:  Conhecido em Portugal como timbalão de chão passou a ser conhecido aqui no Brasil como Surdo.

Bombo:  O dicionário Aurélio registra bumbo como variante de bombo, que provém do italiano bombo. Bumbo tem, no Brasil, os sinónimos zabumba ou zambumba, caixa grande; bumba (este na região do Ceará) e zambê (na região do Rio Grande do Norte).”

Gaita de Fole:  

Com certeza, não foi essa a gaita de fole que chegaram por aqui, vindas de Portugal e que fizeram parte dos carnavais. É que, quando se fala em gaita de fole, geralmente ela se associa a cultura escocesa. Por ter vivido um tempo nesse país e ter tido a oportunidade de ver muito isso de perto, o que acho lindo, foi essa a foto que resolvi colocar aqui.

Mas, sobre esse instrumento, Portugal tem muito a contar sobre ele, e a gaita de fole introduzida nas músicas dos antigos carnavais brasileiros, também vieram da cultura Portuguesa.

“A flauta, a palheta e a gaita-de-foles pertencem ao chamado ciclo pastoril, por provirem de materiais que, no campo, estão ao alcance directo do homem que se dedica à pastorícia: as canas, os paus das árvores, as folhagens, as peles de animais. Tempos houve em que as sociedades estavam estreitamente ligadas à pastorícia e à terra e em que, portanto, os instrumentos musicais eram fabricados com esses materiais. Ainda nos nossos dias, não há muitos anos, algumas comunidades rurais do interior de Portugal podiam ser consideradas representantes desse tipo de economia e de vida, possuindo e praticando música exclusivamente com tais instrumentos tradicionais.” http://www.gaitadefoles.net/artigos/gaita_estremadura.htm

Encontrei essa citação em um blog http://www.carlos-nunez.com/archives/a-gaita-no-brasil_492 que fala sobre a gaita de fole no Brasil, onde:

“No Carnaval de 1930, em Sao Paulo, encontrei na rua dois tocadores de gaita-de-foles”
(Mario de Andrade, Diccionario Musical Brasileiro

CUCUMBIS

De acordo com Eric Brasil, (2014) em suas pesquisas relata que: “a partir de 1884, porém, uma nova denominação aparece nos jornais pesquisados: são os Cucumbis, apresentados simploriamente como grupos carnavalescos compostos exclusivamente por homens e mulheres negros, que se vestem, cantam, dançam e narram histórias à moda africana. Assim como os Zé-Pereiras, os Cucumbis representam uma possibilidade de ação coletiva nos dias de carnaval, mas trazem consigo também formas de identidade diferenciada, na medida em que possuem critérios especiais na aceitação ou não dos membros”.

http://dancasfolcloricas.blogspot.com.br/2011/05/cucumbis-carnavalescos.html

Os grupos compostos por foliões negros, ficaram conhecidos como os Cucumbis.  “O enredo central de seus desfiles contava a história de uma embaixada do rei do Congo em visita a outro reino.” Eles traziam em formas de brincadeira para as ruas manifestações africanas do passado. Era uma forma encontrada de manifestar o sentimento de pertencimento a um grupo social. Assim, no carnaval, “os negros cariocas encontraram uma possibilidade de testar os novos limites de liberdade que se discutia ao longo da década de 1880”, lembrando que nesse momento a discussão política girava em torno da libertação dos escravos.

Assim, segundo Mello Moraes Filho, os Cucumbis traziam para as ruas através das suas canções, danças, instrumentos e trajes, o caráter essencialmente africano.

Cabeçudos e Gigantones

http://radioaltominho.pt/Noticias/gigantones-e-cabecudos-sao-este-ano-os-reis-das-festas-da-agonia/

Com a introdução do Carnaval no Brasil, trazido de Portugal, é natural que todas as demais formas de manifestação de festas populares viessem juntas. Os bonecos, chamados de Cabeçudos e Gigantones, que hoje já é uma marca registrada, principalmente em Olinda, que fica a 6 km da cidade de Recife, capital de Pernambuco, no Nordeste no Brasil, também foram incorporados por aqui.

Os gigantones medem em torno de 3,5 a 4,0 metros de altura, as cabeças são feitas com um tipo de pasta de papel e sua estrutura pode chegar a pesar 30 quilos, dificultando um pouco seus movimentos. Geralmente eles se apresentam em pares.

Os cabeçudos, por outro lado, apresentam uma maior facilidade de movimentos, devido a seus tamanhos serem menos, geralmente da altura de uma pessoa, e as roupas são mais confortáveis para que se possa dançar e pular o carnaval com mais liberdade de movimentos.

 

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Boneco_de_Olinda#/media/File:Bonecos_de_Olinda_-_Pernambuco,_Brasil.jpg

A partir de 1920 surgiram as escolas de samba e, com o passar do tempo, foram cada vez mais ganhando seu espaço nos carnavais, se transformando no que conhecemos atualmente, essa maravilha de arte popular se tornando, assim como o futebol,  uma das mais importantes atrações turísticas do país, sendo referência lá fora quando se trata de falar em Brasil. 

Assim, o carnaval se tornou por aqui uma importante festa cultural, onde Estado, Mercado e Sociedade, turismo, ou seja uma verdadeira indústria cultura de arte popular.

Enfim gente, o objetivo do Post foi trazer um pouco sobre essa história do Carnaval, digo pouco, até porque esse assunto é muito interessante e tem maravilhosos trabalhos em diversas áreas a respeito desse assunto.

 Se você que é brasileiro, mesmo não sendo adepto do carnaval, acredito que é interessante conhecer e saber um pouco sobre esse assunto da nossa cultura, pois através da história e de cada ano ele nos traz, com todos os envolvidos, assuntos e temas de nosso povo, de nossa política, de nossas belezas e dificuldades, como uma forma de integrar o público com o privado. 

Era isso por hoje.

Obrigada pela visita. Você é sempre bem vindo(a) por aqui.

Um abraço.

 

 

Referências:

https://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=5594

PINTO, Tales dos Santos. “História do carnaval e suas origens”; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/carnaval/historia-do-carnaval.htm>. Acesso em 07 de janeiro de 2017.

HOLLANDA, Bernardo Borges Buarque de. País do carnaval! País do carnaval? (Uma apresentação alentada ao dossiê: carnavais & organizações). Organ. Soc. [online]. 2013, vol.20, n.64 [cited  2017-01-14], pp.99-109. Available from: . ISSN 1984-9230.  http://dx.doi.org/10.1590/S1984-92302013000100007.

BRASIL, Eric. Cucumbis Carnavalescos: Áfricas, carnaval e abolição (Rio de Janeiro, década de 1880). Afro-Ásia,  Salvador ,  n. 49, p. 273-312,  June  2014 .   Available from . access on  14  Jan.  2017.  http://dx.doi.org/10.1590/S0002-05912014000100009

https://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Pereira

Fonte: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-primeira-mascara-de-carnaval.html

http://brasilescola.uol.com.br/carnaval/historia-do-carnaval.htm

http://alunosonline.uol.com.br/historia/uma-historia-carnaval.html

Por http://www.hps.cam.ac.uk/readinglists/marduk.jpg – en:Image:Marduk and pet.jpg, Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=117980

http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/carnaval_-_milenios_de_folia.html

https://pt.wikiversity.org/wiki/Pesquisa_sobre_o_espect%C3%A1culo_%C2%AB_voc%C3%AA_est%C3%A1_aqui_%C2%BB

https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/bumbo–bombo/6996

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/carnaval-por-liberdade

 

 

 

 

 

 

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